Geopolítica e regionalismo continental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Carta Internacional (Belo Horizonte. Online) |
Texto Completo: | https://www.cartainternacional.abri.org.br/Carta/article/view/430 |
Resumo: | Em artigo recente, interessante tanto pelo conteúdo como pela oportunidade, José Luís Fiori recorda a visão que, na década de 1940, Nicholas Spykman, grande geoestrategista norte-americano do século XX, tinha da América Latina – e em particular da “luta pela América do Sul” – no quadro da geopolítica de Washington. Segundo ele, a América dos latinos, radicalmente separada da dos anglo-saxões, compreenderia, do ponto de vista político-estratégico, duas regiões: uma primeira, que ele denomina de “mediterrânea”, que abrangeria o México, a América Central, o Caribe, a Venezuela e a Colômbia; e outra, que incluiria toda a América do Sul abaixo daqueles dois países sul-americanos. Na percepção de Spykman, a primeira ficaria sempre numa posição de dependência em relação aos Estados Unidos, já que México, Venezuela e Colômbia não teriam, no seu entender, condições de tornarem-se grandes potências. Assim, qualquer tentativa de contrabalançar a supremacia regional de Washington só poderia vir dos grandes países do sul do continente, particularmente Argentina, Brasil e Chile, quer através de uma ação comum, quer pelo recurso a influências extracontinentais. Nesta hipótese, concluiria o autor citado por Fiori, “uma ameaça à hegemonia americana nesta região do hemisfério (a região do ABC) terá de ser respondida através da guerra”. |
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