Magnitude de corridas de detritos na Serra do Mar (SP): avaliação de diferentes métodos de classificação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Maria Carolina Villa
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Dias, Vivian Cristina, Vieira, Bianca Carvalho
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Boletim Paulista de Geografia
Texto Completo: https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/669
Resumo: A determinação da magnitude de processos geomorfológicos de baixa recorrência, como as corridas de detritos, constitui uma das maiores dificuldades para a avaliação da sua variabilidade espacial, do grau de suscetibilidade e da sua probabilidade. Os procedimentos levam em conta o tamanho dos materiais mobilizados, o volume depositado e o seu o raio de alcance. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar diferentes métodos/critérios (em escala de bacia hidrográfica) para determinação da magnitude de corridas de detritos na Serra do Mar (SP).  Foram utilizados três métodos, baseados em: (i) índices adimensionais estabelecidos para atributos morfométricos (área da bacia, índice de circularidade, declividade média do canal principal, área acima de 30° e amplitude altimétrica), utilizando-se o Modelo Digital de Elevação com resolução de 5 metros e a base cartográfica (1:50.000); (ii) dimensão dos blocos dos depósitos de corridas de detritos, localizados na rede de drenagem, suas margens e em sopés de encostas, identificados em campo; e (iii) área de inundação da corrida de detrito. Foram selecionadas quatro bacias de drenagem, atingidas por volumes semelhantes de precipitação em março de 1967, em Caraguatatuba (SP): as bacias dos rios Aldeia, Guaxinduba, Pau D’Alho e Santo Antônio. Com base nos atributos morfométricos, as bacias foram hierarquizadas a partir do maior potencial de geração de corridas: Pau D’Alho, Guaxinduba, Aldeia e Santo Antônio. Considerando a dimensão dos blocos, todas as bacias foram classificadas como de maior magnitude, devido à existência de blocos grandes e gigantes. A área de inundação, por sua vez, levou à classificação da bacia do Santo Antônio como a de maior magnitude, seguida pela Guaxinduba, Pau D’Alho e Aldeia. A bacia do Guaxinduba apresentou resultados mais semelhantes para os três métodos de classificação. Os resultados distintos obtidos apontam para a necessidade de utilização de critérios múltiplos para a determinação da magnitude destes eventos.
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