Da “cidade do agronegócio” à “cidade como negócio”: (re) inserindo o urbano no debate
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Boletim Paulista de Geografia |
Texto Completo: | https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/1021 |
Resumo: | Vários estudos a respeito da produção do espaço de cidades dinamizadas pela agricultura capitalista são realizados a partir do agrário. Este artigo pretende inverter a investigação geralmente empreendida nos estudos dessas cidades que despontam como grandes produtoras da agricultura capitalista do país. Partimos em nossa investigação do estudo dos processos que perpassam a cidade de Primavera do Leste, localizada a 240 quilômetros da capital mato-grossense. Implantada no contexto da expansão da fronteira do capital nas décadas de 1970 e 1980 rumo ao centro-oeste brasileiro, surge hoje no discurso como uma das principais “cidades do agronegócio” de Mato Grosso. A concentração de terra, de poder e de capital está nos alicerces de uma urbanização até hoje controlada por um pequeno grupo de detentores do poder econômico e político. A produção desta “cidade cativa” gera uma dificuldade ainda maior das pessoas de menor renda para o acesso à moradia e à propriedade, constituindo-se em um dos elementos que nos ajudam a entender o acirramento da segregação espacial nessas cidades. Por meio de levantamento bibliográfico, realização de trabalhos de campo e de entrevistas, revelaremos as contradições da produção do espaço urbano primaverense, esmiuçadas por meio de sua constituição como fronteira do capital e de mecanismos fundados em uma urbanização essencialmente sob o comando dos atuais “pioneiros enriquecidos” da cidade. Por fim, desvelaremos alguns dos elementos da reprodução das relações sociais da população mais pobre, usualmente obscurecidos em análises que enaltecem o “agronegócio” ou se perdem no agrário. |
id |
AGB-SP1_91f52d098aa0ed3c26fd54a3562e4be7 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1021 |
network_acronym_str |
AGB-SP1 |
network_name_str |
Boletim Paulista de Geografia |
repository_id_str |
|
spelling |
Da “cidade do agronegócio” à “cidade como negócio”: (re) inserindo o urbano no debateurbanoagricultura capitalistafronteirasegregação espacialPrimavera do LesteVários estudos a respeito da produção do espaço de cidades dinamizadas pela agricultura capitalista são realizados a partir do agrário. Este artigo pretende inverter a investigação geralmente empreendida nos estudos dessas cidades que despontam como grandes produtoras da agricultura capitalista do país. Partimos em nossa investigação do estudo dos processos que perpassam a cidade de Primavera do Leste, localizada a 240 quilômetros da capital mato-grossense. Implantada no contexto da expansão da fronteira do capital nas décadas de 1970 e 1980 rumo ao centro-oeste brasileiro, surge hoje no discurso como uma das principais “cidades do agronegócio” de Mato Grosso. A concentração de terra, de poder e de capital está nos alicerces de uma urbanização até hoje controlada por um pequeno grupo de detentores do poder econômico e político. A produção desta “cidade cativa” gera uma dificuldade ainda maior das pessoas de menor renda para o acesso à moradia e à propriedade, constituindo-se em um dos elementos que nos ajudam a entender o acirramento da segregação espacial nessas cidades. Por meio de levantamento bibliográfico, realização de trabalhos de campo e de entrevistas, revelaremos as contradições da produção do espaço urbano primaverense, esmiuçadas por meio de sua constituição como fronteira do capital e de mecanismos fundados em uma urbanização essencialmente sob o comando dos atuais “pioneiros enriquecidos” da cidade. Por fim, desvelaremos alguns dos elementos da reprodução das relações sociais da população mais pobre, usualmente obscurecidos em análises que enaltecem o “agronegócio” ou se perdem no agrário. Boletim Paulista de Geografia2018-03-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/1021Boletim Paulista de Geografia; n. 98 (2018): Especial SEPEGE; 23-372447-09450006-6079reponame:Boletim Paulista de Geografiainstname:Associação dos Geógrafos Brasileiros - Seção São Pauloinstacron:AGB-SPporhttps://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/1021/1294Copyright (c) 2018 Lívia Maschio Fioravantiinfo:eu-repo/semantics/openAccessFioravanti, Lívia Maschio2018-07-06T23:18:15Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1021Revistahttps://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulistaPUBhttps://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/oaiegirotto@usp.br || boletimpaulistageografia@gmail.com2447-09450006-6079opendoar:2018-07-06T23:18:15Boletim Paulista de Geografia - Associação dos Geógrafos Brasileiros - Seção São Paulofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Da “cidade do agronegócio” à “cidade como negócio”: (re) inserindo o urbano no debate |
title |
Da “cidade do agronegócio” à “cidade como negócio”: (re) inserindo o urbano no debate |
spellingShingle |
Da “cidade do agronegócio” à “cidade como negócio”: (re) inserindo o urbano no debate Fioravanti, Lívia Maschio urbano agricultura capitalista fronteira segregação espacial Primavera do Leste |
title_short |
Da “cidade do agronegócio” à “cidade como negócio”: (re) inserindo o urbano no debate |
title_full |
Da “cidade do agronegócio” à “cidade como negócio”: (re) inserindo o urbano no debate |
title_fullStr |
Da “cidade do agronegócio” à “cidade como negócio”: (re) inserindo o urbano no debate |
title_full_unstemmed |
Da “cidade do agronegócio” à “cidade como negócio”: (re) inserindo o urbano no debate |
title_sort |
Da “cidade do agronegócio” à “cidade como negócio”: (re) inserindo o urbano no debate |
author |
Fioravanti, Lívia Maschio |
author_facet |
Fioravanti, Lívia Maschio |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Fioravanti, Lívia Maschio |
dc.subject.por.fl_str_mv |
urbano agricultura capitalista fronteira segregação espacial Primavera do Leste |
topic |
urbano agricultura capitalista fronteira segregação espacial Primavera do Leste |
description |
Vários estudos a respeito da produção do espaço de cidades dinamizadas pela agricultura capitalista são realizados a partir do agrário. Este artigo pretende inverter a investigação geralmente empreendida nos estudos dessas cidades que despontam como grandes produtoras da agricultura capitalista do país. Partimos em nossa investigação do estudo dos processos que perpassam a cidade de Primavera do Leste, localizada a 240 quilômetros da capital mato-grossense. Implantada no contexto da expansão da fronteira do capital nas décadas de 1970 e 1980 rumo ao centro-oeste brasileiro, surge hoje no discurso como uma das principais “cidades do agronegócio” de Mato Grosso. A concentração de terra, de poder e de capital está nos alicerces de uma urbanização até hoje controlada por um pequeno grupo de detentores do poder econômico e político. A produção desta “cidade cativa” gera uma dificuldade ainda maior das pessoas de menor renda para o acesso à moradia e à propriedade, constituindo-se em um dos elementos que nos ajudam a entender o acirramento da segregação espacial nessas cidades. Por meio de levantamento bibliográfico, realização de trabalhos de campo e de entrevistas, revelaremos as contradições da produção do espaço urbano primaverense, esmiuçadas por meio de sua constituição como fronteira do capital e de mecanismos fundados em uma urbanização essencialmente sob o comando dos atuais “pioneiros enriquecidos” da cidade. Por fim, desvelaremos alguns dos elementos da reprodução das relações sociais da população mais pobre, usualmente obscurecidos em análises que enaltecem o “agronegócio” ou se perdem no agrário. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-03-17 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Artigo avaliado pelos Pares |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/1021 |
url |
https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/1021 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/1021/1294 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2018 Lívia Maschio Fioravanti info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2018 Lívia Maschio Fioravanti |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Boletim Paulista de Geografia |
publisher.none.fl_str_mv |
Boletim Paulista de Geografia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Boletim Paulista de Geografia; n. 98 (2018): Especial SEPEGE; 23-37 2447-0945 0006-6079 reponame:Boletim Paulista de Geografia instname:Associação dos Geógrafos Brasileiros - Seção São Paulo instacron:AGB-SP |
instname_str |
Associação dos Geógrafos Brasileiros - Seção São Paulo |
instacron_str |
AGB-SP |
institution |
AGB-SP |
reponame_str |
Boletim Paulista de Geografia |
collection |
Boletim Paulista de Geografia |
repository.name.fl_str_mv |
Boletim Paulista de Geografia - Associação dos Geógrafos Brasileiros - Seção São Paulo |
repository.mail.fl_str_mv |
egirotto@usp.br || boletimpaulistageografia@gmail.com |
_version_ |
1798046015405686784 |