A inter-relação das sialomucinas (antígenos Tn e Stn) com o adenocarcinoma no esôfago de Barrett

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Faria Júnior,Plínio Conte de
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Andreollo,Nelson Adami, Trevisan,Miriam Aparecida da Silva, Lopes,Luiz Roberto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302007000400024
Resumo: OBJETIVO: O esôfago de Barrett (EB) é conseqüência do refluxo gastroesofágico crônico e considerado fator de risco para o desenvolvimento de adenocarcinoma. Estudos do muco, em especial das mucinas ácidas representadas pelas sialomucinas presentes nas células caliciformes, mostraram que na metaplasia do tipo intestinal, o epitélio do órgão pode expressar antígenos denominados Tn e Stn. Estes antígenos já foram analisados em tumores gástricos e colônicos, porém não foram encontradas referências à sua utilização no EB. Este trabalho objetivou analisar estes antígenos em doentes com EB e em adenocarcinoma associado ao EB. MÉTODOS: Foram estudados, utilizando testes imunohistoquímicos, os antígenos Tn e Stn, nas biópsias endoscópicas de 29 doentes com EB, sete com adenocarcinoma no EB, além de oito indivíduos com epitélio esofágico normal. RESULTADOS: Nas células caliciformes, foi observada positividade para Stn em 100% dos casos e para Tn em 48% dos casos. Nas células colunares, o Stn foi sempre negativo, enquanto o Tn foi positivo em 100% dos casos. Entretanto, nos doentes com adenocarcinoma no EB, a positividade para ambos os antígenos foi de 100%. Nos indivíduos normais, houve positividade para o antígeno Tn e negatividade para Stn em todos os casos (100%). CONCLUSÃO: É provável que nos doentes com EB a positividade para o Tn, à semelhança do ocorrido quanto à positividade do mesmo antígeno nos portadores de adenocarcinoma, possa significar maior suscetibilidade para ocorrência futura de câncer. Assim, a pesquisa das sialomucinas poderá ser rotineiramente utilizada, contribuindo como fator prognóstico para desenvolvimento de adenocarcinoma no EB.
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