Citologia anal para rastreamento de lesões pré-neoplásicas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302007000200020 |
Resumo: | OBJETIVO: Avaliar se a citologia anal com escova pode servir para rastreamento das lesões clínicas e subclínicas provocadas pelo HPV. MÉTODOS: Colhemos citologia anal, com escova, do canal anal de 102 doentes HIV-positivo com queixas proctológicas. Eram 86 homens e 16 mulheres com média etária de 37 anos. Destes, 33 negavam infecção pelo HPV, 14 haviam tratado verrugas, 28 tinham condilomas externos, sete apresentavam lesões internas e 20 os tinham em associação. O material foi enviado para exame de papanicolaou e coloração pela hematoxilina-eosina. Avaliamos as contagens de linfócitos T CD4+ para observar se o estado imunológico determinou as displasias mais avançadas. RESULTADOS: Somente um exame não pôde ser aproveitado. Os demais revelaram padrões celulares que variaram da normalidade até NIAa, incluindo a presença do HPV. Ocorreram 30 NIAs de baixo e 13 de alto grau em todos os grupos de doentes, com ou sem infecção pelo HPV. Em um dos doentes com NIAa e sem história prévia de infecção pelo HPV, e com úlcera no canal anal, a biópsia revelou carcinoma espinocelular invasivo. As médias de células T CD4+ nos portadores de NIA de baixo grau foi 281/mm³ e naqueles com NIAa foi 438/mm³. A análise estatística mostrou diferença significante, revelando que, ao contrário do esperado, displasias menos acentuadas acometem doentes com contagens menores de linfócitos T CD4+. Esse fato demonstra que a imunidade sistêmica isolada parece não interferir na gênese dessas lesões, sugerindo que aspectos da imunidade local devam ser estudados. A avaliação estatística feita com a tabela 2x2 revelou sensibilidade de 74% e especificidade de 61%. CONCLUSÃO: Acreditamos que a citologia anal possa servir para esse rastreamento, selecionando os doentes para colposcopia anal e biópsias. |
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Citologia anal para rastreamento de lesões pré-neoplásicasInfecções por PapilomavírusNeoplasia intra-epitelialPrevenção e controleCanal analCitologiaCarcinoma de células escamosasSorodiagnóstico da AidsOBJETIVO: Avaliar se a citologia anal com escova pode servir para rastreamento das lesões clínicas e subclínicas provocadas pelo HPV. MÉTODOS: Colhemos citologia anal, com escova, do canal anal de 102 doentes HIV-positivo com queixas proctológicas. Eram 86 homens e 16 mulheres com média etária de 37 anos. Destes, 33 negavam infecção pelo HPV, 14 haviam tratado verrugas, 28 tinham condilomas externos, sete apresentavam lesões internas e 20 os tinham em associação. O material foi enviado para exame de papanicolaou e coloração pela hematoxilina-eosina. Avaliamos as contagens de linfócitos T CD4+ para observar se o estado imunológico determinou as displasias mais avançadas. RESULTADOS: Somente um exame não pôde ser aproveitado. Os demais revelaram padrões celulares que variaram da normalidade até NIAa, incluindo a presença do HPV. Ocorreram 30 NIAs de baixo e 13 de alto grau em todos os grupos de doentes, com ou sem infecção pelo HPV. Em um dos doentes com NIAa e sem história prévia de infecção pelo HPV, e com úlcera no canal anal, a biópsia revelou carcinoma espinocelular invasivo. As médias de células T CD4+ nos portadores de NIA de baixo grau foi 281/mm³ e naqueles com NIAa foi 438/mm³. A análise estatística mostrou diferença significante, revelando que, ao contrário do esperado, displasias menos acentuadas acometem doentes com contagens menores de linfócitos T CD4+. Esse fato demonstra que a imunidade sistêmica isolada parece não interferir na gênese dessas lesões, sugerindo que aspectos da imunidade local devam ser estudados. A avaliação estatística feita com a tabela 2x2 revelou sensibilidade de 74% e especificidade de 61%. CONCLUSÃO: Acreditamos que a citologia anal possa servir para esse rastreamento, selecionando os doentes para colposcopia anal e biópsias.Associação Médica Brasileira2007-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302007000200020Revista da Associação Médica Brasileira v.53 n.2 2007reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)instname:Associação Médica Brasileira (AMB)instacron:AMB10.1590/S0104-42302007000200020info:eu-repo/semantics/openAccessNadal,Sidney RobertoCalore,Edenilson EduardoNadal,Luis Roberto ManzioneHorta,Sérgio Henrique CoutoManzione,Carmen Ruthpor2008-01-18T00:00:00Zoai:scielo:S0104-42302007000200020Revistahttps://ramb.amb.org.br/ultimas-edicoes/#https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||ramb@amb.org.br1806-92820104-4230opendoar:2008-01-18T00:00Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)false |
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