Evolução dos níveis de beta-hCG após tratamento sistêmico da gravidez ectópica íntegra

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Elito Junior,J.
Data de Publicação: 1998
Outros Autores: Uchiyama,M., Camano,L.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301998000100003
Resumo: OBJETIVO: O tratamento sistêmico da gravidez ectópica (GE) íntegra com metotrexato (MTX) tornou-se conduta alternativa para tradicional atitude cirúrgica. O acompanhamento dos casos é realizado com dosagens seriadas de beta-hCG, já que a imagem ultra-sonográfica persiste por tempo prolongado, sendo um parâmetro ruim de seguimento. O objetivo do nosso estudo é de avaliar o comportamento da curva de beta-hCG após a ministração do medicamento. PACIENTES E MÉTODO: Foram incluídas neste estudo pacientes estáveis hemodinamicamente, com massa anexial menor ou igual a 4,5cm, sem sinais de doença hepática, renal ou supressão da medula óssea. O tratamento foi feito com MTX 50mg/m² IM (dose única) em regime de internação. Vinte e quatro pacientes fizeram parte deste trabalho e foram acompanhadas com dosagens de beta-hCG nos dias 1, 4 e 7 pós-MTX. Casos em que os títulos de beta-hCG caíram acima de 15% entre os dias 4 e 7 receberam alta hospitalar e eram acompanhados semanalmente até títulos negativos. Por outro lado, quando esta queda era inferior a 15%, essas pacientes receberam nova dose de MTX. RESULTADOS: Doze (50,0%) dos 24 casos tiveram aumento dos títulos de beta-hCG nos primeiros quatro dias após a injecão IM de MTX, oito (33,3%) apresentaram queda paulatina dos valores e em quatro (16,7%) casos os valores de beta-hCG foram negativos no quarto dia pós-MTX. Apenas duas pacientes (8,3%) necessitaram de segunda dose de MTX por não ter havido queda dos títulos de beta-hCG superior a 15% entre o quarto e o sétimo dia. CONCLUSÕES: A elevação dos títulos de beta-hCG, entre o momento da ministração do MTX e o quarto dia após a medicação, foi evento freqüente (50,0%). A queda de mais de 15% dos valores de beta-hCG, apurada no quarto e no sétimo dia pós-MTX, constitui parâmetro importante para o critério de alta hospitalar. Por outro lado, redução menor que 15% dos níveis séricos de beta-hCG representa indicação para ministração de nova dose de MTX. Em apenas duas pacientes (8,4%) houve necessidade de segunda dose de MTX, pois os títulos de beta-hCG, avaliados no quarto e no sétimo dia após o MTX, apresentaram queda, porém, inferior a 15%.
id AMB-1_247a3aa8a484789987a08bfa0b2ddb0d
oai_identifier_str oai:scielo:S0104-42301998000100003
network_acronym_str AMB-1
network_name_str Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
repository_id_str
spelling Evolução dos níveis de beta-hCG após tratamento sistêmico da gravidez ectópica íntegraGravidez ectópicaBeta-hCGMetotrexatoOBJETIVO: O tratamento sistêmico da gravidez ectópica (GE) íntegra com metotrexato (MTX) tornou-se conduta alternativa para tradicional atitude cirúrgica. O acompanhamento dos casos é realizado com dosagens seriadas de beta-hCG, já que a imagem ultra-sonográfica persiste por tempo prolongado, sendo um parâmetro ruim de seguimento. O objetivo do nosso estudo é de avaliar o comportamento da curva de beta-hCG após a ministração do medicamento. PACIENTES E MÉTODO: Foram incluídas neste estudo pacientes estáveis hemodinamicamente, com massa anexial menor ou igual a 4,5cm, sem sinais de doença hepática, renal ou supressão da medula óssea. O tratamento foi feito com MTX 50mg/m² IM (dose única) em regime de internação. Vinte e quatro pacientes fizeram parte deste trabalho e foram acompanhadas com dosagens de beta-hCG nos dias 1, 4 e 7 pós-MTX. Casos em que os títulos de beta-hCG caíram acima de 15% entre os dias 4 e 7 receberam alta hospitalar e eram acompanhados semanalmente até títulos negativos. Por outro lado, quando esta queda era inferior a 15%, essas pacientes receberam nova dose de MTX. RESULTADOS: Doze (50,0%) dos 24 casos tiveram aumento dos títulos de beta-hCG nos primeiros quatro dias após a injecão IM de MTX, oito (33,3%) apresentaram queda paulatina dos valores e em quatro (16,7%) casos os valores de beta-hCG foram negativos no quarto dia pós-MTX. Apenas duas pacientes (8,3%) necessitaram de segunda dose de MTX por não ter havido queda dos títulos de beta-hCG superior a 15% entre o quarto e o sétimo dia. CONCLUSÕES: A elevação dos títulos de beta-hCG, entre o momento da ministração do MTX e o quarto dia após a medicação, foi evento freqüente (50,0%). A queda de mais de 15% dos valores de beta-hCG, apurada no quarto e no sétimo dia pós-MTX, constitui parâmetro importante para o critério de alta hospitalar. Por outro lado, redução menor que 15% dos níveis séricos de beta-hCG representa indicação para ministração de nova dose de MTX. Em apenas duas pacientes (8,4%) houve necessidade de segunda dose de MTX, pois os títulos de beta-hCG, avaliados no quarto e no sétimo dia após o MTX, apresentaram queda, porém, inferior a 15%.Associação Médica Brasileira1998-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301998000100003Revista da Associação Médica Brasileira v.44 n.1 1998reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)instname:Associação Médica Brasileira (AMB)instacron:AMB10.1590/S0104-42301998000100003info:eu-repo/semantics/openAccessElito Junior,J.Uchiyama,M.Camano,L.por2000-07-28T00:00:00Zoai:scielo:S0104-42301998000100003Revistahttps://ramb.amb.org.br/ultimas-edicoes/#https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||ramb@amb.org.br1806-92820104-4230opendoar:2000-07-28T00:00Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)false
dc.title.none.fl_str_mv Evolução dos níveis de beta-hCG após tratamento sistêmico da gravidez ectópica íntegra
title Evolução dos níveis de beta-hCG após tratamento sistêmico da gravidez ectópica íntegra
spellingShingle Evolução dos níveis de beta-hCG após tratamento sistêmico da gravidez ectópica íntegra
Elito Junior,J.
Gravidez ectópica
Beta-hCG
Metotrexato
title_short Evolução dos níveis de beta-hCG após tratamento sistêmico da gravidez ectópica íntegra
title_full Evolução dos níveis de beta-hCG após tratamento sistêmico da gravidez ectópica íntegra
title_fullStr Evolução dos níveis de beta-hCG após tratamento sistêmico da gravidez ectópica íntegra
title_full_unstemmed Evolução dos níveis de beta-hCG após tratamento sistêmico da gravidez ectópica íntegra
title_sort Evolução dos níveis de beta-hCG após tratamento sistêmico da gravidez ectópica íntegra
author Elito Junior,J.
author_facet Elito Junior,J.
Uchiyama,M.
Camano,L.
author_role author
author2 Uchiyama,M.
Camano,L.
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Elito Junior,J.
Uchiyama,M.
Camano,L.
dc.subject.por.fl_str_mv Gravidez ectópica
Beta-hCG
Metotrexato
topic Gravidez ectópica
Beta-hCG
Metotrexato
description OBJETIVO: O tratamento sistêmico da gravidez ectópica (GE) íntegra com metotrexato (MTX) tornou-se conduta alternativa para tradicional atitude cirúrgica. O acompanhamento dos casos é realizado com dosagens seriadas de beta-hCG, já que a imagem ultra-sonográfica persiste por tempo prolongado, sendo um parâmetro ruim de seguimento. O objetivo do nosso estudo é de avaliar o comportamento da curva de beta-hCG após a ministração do medicamento. PACIENTES E MÉTODO: Foram incluídas neste estudo pacientes estáveis hemodinamicamente, com massa anexial menor ou igual a 4,5cm, sem sinais de doença hepática, renal ou supressão da medula óssea. O tratamento foi feito com MTX 50mg/m² IM (dose única) em regime de internação. Vinte e quatro pacientes fizeram parte deste trabalho e foram acompanhadas com dosagens de beta-hCG nos dias 1, 4 e 7 pós-MTX. Casos em que os títulos de beta-hCG caíram acima de 15% entre os dias 4 e 7 receberam alta hospitalar e eram acompanhados semanalmente até títulos negativos. Por outro lado, quando esta queda era inferior a 15%, essas pacientes receberam nova dose de MTX. RESULTADOS: Doze (50,0%) dos 24 casos tiveram aumento dos títulos de beta-hCG nos primeiros quatro dias após a injecão IM de MTX, oito (33,3%) apresentaram queda paulatina dos valores e em quatro (16,7%) casos os valores de beta-hCG foram negativos no quarto dia pós-MTX. Apenas duas pacientes (8,3%) necessitaram de segunda dose de MTX por não ter havido queda dos títulos de beta-hCG superior a 15% entre o quarto e o sétimo dia. CONCLUSÕES: A elevação dos títulos de beta-hCG, entre o momento da ministração do MTX e o quarto dia após a medicação, foi evento freqüente (50,0%). A queda de mais de 15% dos valores de beta-hCG, apurada no quarto e no sétimo dia pós-MTX, constitui parâmetro importante para o critério de alta hospitalar. Por outro lado, redução menor que 15% dos níveis séricos de beta-hCG representa indicação para ministração de nova dose de MTX. Em apenas duas pacientes (8,4%) houve necessidade de segunda dose de MTX, pois os títulos de beta-hCG, avaliados no quarto e no sétimo dia após o MTX, apresentaram queda, porém, inferior a 15%.
publishDate 1998
dc.date.none.fl_str_mv 1998-03-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301998000100003
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301998000100003
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0104-42301998000100003
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação Médica Brasileira
publisher.none.fl_str_mv Associação Médica Brasileira
dc.source.none.fl_str_mv Revista da Associação Médica Brasileira v.44 n.1 1998
reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
instname:Associação Médica Brasileira (AMB)
instacron:AMB
instname_str Associação Médica Brasileira (AMB)
instacron_str AMB
institution AMB
reponame_str Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
collection Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)
repository.mail.fl_str_mv ||ramb@amb.org.br
_version_ 1754212824483102720