Impacto dos fatores perinatais nos déficits de crescimento de prematuros
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302011000300008 |
Resumo: | OBJETIVO: Analisar fatores perinatais associados a déficit de crescimento em prematuros com 1 ano de idade corrigida. MÉTODOS: Estudo de coorte de prematuros com peso ao nascer < 2.000 g. Calcularam-se os percentis e escores Z de peso (P/I), comprimento (C/I) e perímetro cefálico (PC/I) com 1 ano de idade corrigida, utilizando a curva do Centers for Disease Control and Prevention. RESULTADOS: Entre 303 prematuros, as frequências de medidas abaixo do percentil 10 (P10) e de -2 escores Z foram, respectivamente, 43,2% e 24,4% de P/I, 22,1% e 8,6% de C/I e 15,8% e 4,6% de PC/I. A análise de regressão logística mostrou que fatores associados à maior chance de P/I < P10 foram reanimação ao nascimento (1,8 vez) e pequeno para a idade gestacional (3,0 vezes). Nas crianças classificadas como pequenas na idade pós-conceptual de termo, a chance de P/I < P10 foi 4,0 vezes maior naquelas com peso ao nascer entre 1.000 g e 1.499 g e 3,5 vezes maior naquelas > 1.500 g. A chance de C/I < P10 aumentou com a diminuição do comprimento ao nascer, mas não associou ao peso ao nascer. A chance de PC/I < P10 foi 2,5 vezes maior nas crianças pequenas para a idade gestacional. Nas crianças com peso < 1.000 g, a chance de PC/I < P10 foi 4,4 vezes maior quando comparadas àquelas entre 1.000 g e 1.499 g e 5,3 vezes maior quando comparadas àquelas > 1.500 g. CONCLUSÃO: Com 1 ano de idade corrigida, prematuros nascidos com peso < 2.000 g apresentaram frequências elevadas de déficits de crescimento, e os fatores associados variaram com o déficit analisado, destacando-se a restrição de crescimento intrauterino e pós-natal. |
id |
AMB-1_258bc257b9b070bd778b869d46c86285 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0104-42302011000300008 |
network_acronym_str |
AMB-1 |
network_name_str |
Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Impacto dos fatores perinatais nos déficits de crescimento de prematurosPrematurorecém-nascido de baixo pesorecém-nascido de muito baixo pesorecém-nascido de peso extremamente baixo ao nascercrescimentoOBJETIVO: Analisar fatores perinatais associados a déficit de crescimento em prematuros com 1 ano de idade corrigida. MÉTODOS: Estudo de coorte de prematuros com peso ao nascer < 2.000 g. Calcularam-se os percentis e escores Z de peso (P/I), comprimento (C/I) e perímetro cefálico (PC/I) com 1 ano de idade corrigida, utilizando a curva do Centers for Disease Control and Prevention. RESULTADOS: Entre 303 prematuros, as frequências de medidas abaixo do percentil 10 (P10) e de -2 escores Z foram, respectivamente, 43,2% e 24,4% de P/I, 22,1% e 8,6% de C/I e 15,8% e 4,6% de PC/I. A análise de regressão logística mostrou que fatores associados à maior chance de P/I < P10 foram reanimação ao nascimento (1,8 vez) e pequeno para a idade gestacional (3,0 vezes). Nas crianças classificadas como pequenas na idade pós-conceptual de termo, a chance de P/I < P10 foi 4,0 vezes maior naquelas com peso ao nascer entre 1.000 g e 1.499 g e 3,5 vezes maior naquelas > 1.500 g. A chance de C/I < P10 aumentou com a diminuição do comprimento ao nascer, mas não associou ao peso ao nascer. A chance de PC/I < P10 foi 2,5 vezes maior nas crianças pequenas para a idade gestacional. Nas crianças com peso < 1.000 g, a chance de PC/I < P10 foi 4,4 vezes maior quando comparadas àquelas entre 1.000 g e 1.499 g e 5,3 vezes maior quando comparadas àquelas > 1.500 g. CONCLUSÃO: Com 1 ano de idade corrigida, prematuros nascidos com peso < 2.000 g apresentaram frequências elevadas de déficits de crescimento, e os fatores associados variaram com o déficit analisado, destacando-se a restrição de crescimento intrauterino e pós-natal.Associação Médica Brasileira2011-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302011000300008Revista da Associação Médica Brasileira v.57 n.3 2011reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)instname:Associação Médica Brasileira (AMB)instacron:AMB10.1590/S0104-42302011000300008info:eu-repo/semantics/openAccessGoulart,Ana LuciaMorais,Mauro Batista deKopelman,Benjamin Israelpor2011-06-09T00:00:00Zoai:scielo:S0104-42302011000300008Revistahttps://ramb.amb.org.br/ultimas-edicoes/#https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||ramb@amb.org.br1806-92820104-4230opendoar:2011-06-09T00:00Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Impacto dos fatores perinatais nos déficits de crescimento de prematuros |
title |
Impacto dos fatores perinatais nos déficits de crescimento de prematuros |
spellingShingle |
Impacto dos fatores perinatais nos déficits de crescimento de prematuros Goulart,Ana Lucia Prematuro recém-nascido de baixo peso recém-nascido de muito baixo peso recém-nascido de peso extremamente baixo ao nascer crescimento |
title_short |
Impacto dos fatores perinatais nos déficits de crescimento de prematuros |
title_full |
Impacto dos fatores perinatais nos déficits de crescimento de prematuros |
title_fullStr |
Impacto dos fatores perinatais nos déficits de crescimento de prematuros |
title_full_unstemmed |
Impacto dos fatores perinatais nos déficits de crescimento de prematuros |
title_sort |
Impacto dos fatores perinatais nos déficits de crescimento de prematuros |
author |
Goulart,Ana Lucia |
author_facet |
Goulart,Ana Lucia Morais,Mauro Batista de Kopelman,Benjamin Israel |
author_role |
author |
author2 |
Morais,Mauro Batista de Kopelman,Benjamin Israel |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Goulart,Ana Lucia Morais,Mauro Batista de Kopelman,Benjamin Israel |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Prematuro recém-nascido de baixo peso recém-nascido de muito baixo peso recém-nascido de peso extremamente baixo ao nascer crescimento |
topic |
Prematuro recém-nascido de baixo peso recém-nascido de muito baixo peso recém-nascido de peso extremamente baixo ao nascer crescimento |
description |
OBJETIVO: Analisar fatores perinatais associados a déficit de crescimento em prematuros com 1 ano de idade corrigida. MÉTODOS: Estudo de coorte de prematuros com peso ao nascer < 2.000 g. Calcularam-se os percentis e escores Z de peso (P/I), comprimento (C/I) e perímetro cefálico (PC/I) com 1 ano de idade corrigida, utilizando a curva do Centers for Disease Control and Prevention. RESULTADOS: Entre 303 prematuros, as frequências de medidas abaixo do percentil 10 (P10) e de -2 escores Z foram, respectivamente, 43,2% e 24,4% de P/I, 22,1% e 8,6% de C/I e 15,8% e 4,6% de PC/I. A análise de regressão logística mostrou que fatores associados à maior chance de P/I < P10 foram reanimação ao nascimento (1,8 vez) e pequeno para a idade gestacional (3,0 vezes). Nas crianças classificadas como pequenas na idade pós-conceptual de termo, a chance de P/I < P10 foi 4,0 vezes maior naquelas com peso ao nascer entre 1.000 g e 1.499 g e 3,5 vezes maior naquelas > 1.500 g. A chance de C/I < P10 aumentou com a diminuição do comprimento ao nascer, mas não associou ao peso ao nascer. A chance de PC/I < P10 foi 2,5 vezes maior nas crianças pequenas para a idade gestacional. Nas crianças com peso < 1.000 g, a chance de PC/I < P10 foi 4,4 vezes maior quando comparadas àquelas entre 1.000 g e 1.499 g e 5,3 vezes maior quando comparadas àquelas > 1.500 g. CONCLUSÃO: Com 1 ano de idade corrigida, prematuros nascidos com peso < 2.000 g apresentaram frequências elevadas de déficits de crescimento, e os fatores associados variaram com o déficit analisado, destacando-se a restrição de crescimento intrauterino e pós-natal. |
publishDate |
2011 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2011-06-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302011000300008 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302011000300008 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0104-42302011000300008 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Médica Brasileira |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Médica Brasileira |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista da Associação Médica Brasileira v.57 n.3 2011 reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online) instname:Associação Médica Brasileira (AMB) instacron:AMB |
instname_str |
Associação Médica Brasileira (AMB) |
instacron_str |
AMB |
institution |
AMB |
reponame_str |
Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
collection |
Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB) |
repository.mail.fl_str_mv |
||ramb@amb.org.br |
_version_ |
1754212829816160256 |