Fatores preditivos do tratamento operatório na úlcera péptica hemorrágica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302002000400034 |
Resumo: | OBJETIVO: Avaliar os fatores preditivos de tratamento operatório nos doentes com úlceras pépticas hemorrágicas. MÉTODOS: Através de um estudo retrospectivo, foram analisados os prontuários dos doentes com úlceras pépticas hemorrágicas admitidos de 1998 a 2001. Foram avaliados 200 doentes, com idade entre 17 e 97 anos e média etária de 52 + 18 anos, sendo 153 (76,5%) do sexo masculino. Dados vitais à admissão, antecedentes mórbidos, achados e tratamento endoscópico, bem como a evolução e tratamento definitivo foram revisados. Empregou-se o teste t de student e qui-quadrado para a análise estatística, considerando-se o valor de p< 0,05 como significativo. RESULTADOS: Vinte e sete (13,5%) doentes foram admitidos em choque. À endoscopia da admissão, 101 úlceras localizavam-se no duodeno e 99 no estômago, sendo classificadas como Forrest Ia em cinco (2,5%), Ib em 20 (10%), IIa em 48 (24%) e IIb em 48 (24%). Vinte e cinco doentes (12,5%) foram operados, 23 (92%) sendo submetidos à gastrectomia parcial com reconstrução a Billroth II. Os fatores associados à necessidade de tratamento operatório foram os antecedentes de alcoolismo (p=0,002), tabagismo (p=0,02), diabetes mellitus (p=0,01) e doença péptica (p=0,05), além de choque à admissão (p<0,001) e lesões Forrest Ia à endoscopia. Os doentes com lesões Forrest IIb que não receberam tratamento endoscópico à admissão necessitaram tratamento cirúrgico com maior freqüência (p=0,012). CONCLUSÃO: Alcoolismo, tabagismo, antecedentes de doença péptica ou diabetes mellitus, instabilidade hemodinâmica à admissão e lesões Forrest Ia são fatores preditivos de tratamento operatório nos doentes com úlceras pépticas hemorrágicas. |
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Fatores preditivos do tratamento operatório na úlcera péptica hemorrágicaÚlcera pépticaÚlcera péptica hemorrágica/terapiaÚlcera péptica hemorrágica/cirurgiaOBJETIVO: Avaliar os fatores preditivos de tratamento operatório nos doentes com úlceras pépticas hemorrágicas. MÉTODOS: Através de um estudo retrospectivo, foram analisados os prontuários dos doentes com úlceras pépticas hemorrágicas admitidos de 1998 a 2001. Foram avaliados 200 doentes, com idade entre 17 e 97 anos e média etária de 52 + 18 anos, sendo 153 (76,5%) do sexo masculino. Dados vitais à admissão, antecedentes mórbidos, achados e tratamento endoscópico, bem como a evolução e tratamento definitivo foram revisados. Empregou-se o teste t de student e qui-quadrado para a análise estatística, considerando-se o valor de p< 0,05 como significativo. RESULTADOS: Vinte e sete (13,5%) doentes foram admitidos em choque. À endoscopia da admissão, 101 úlceras localizavam-se no duodeno e 99 no estômago, sendo classificadas como Forrest Ia em cinco (2,5%), Ib em 20 (10%), IIa em 48 (24%) e IIb em 48 (24%). Vinte e cinco doentes (12,5%) foram operados, 23 (92%) sendo submetidos à gastrectomia parcial com reconstrução a Billroth II. Os fatores associados à necessidade de tratamento operatório foram os antecedentes de alcoolismo (p=0,002), tabagismo (p=0,02), diabetes mellitus (p=0,01) e doença péptica (p=0,05), além de choque à admissão (p<0,001) e lesões Forrest Ia à endoscopia. Os doentes com lesões Forrest IIb que não receberam tratamento endoscópico à admissão necessitaram tratamento cirúrgico com maior freqüência (p=0,012). CONCLUSÃO: Alcoolismo, tabagismo, antecedentes de doença péptica ou diabetes mellitus, instabilidade hemodinâmica à admissão e lesões Forrest Ia são fatores preditivos de tratamento operatório nos doentes com úlceras pépticas hemorrágicas.Associação Médica Brasileira2002-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302002000400034Revista da Associação Médica Brasileira v.48 n.4 2002reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)instname:Associação Médica Brasileira (AMB)instacron:AMB10.1590/S0104-42302002000400034info:eu-repo/semantics/openAccessPARREIRA,JOSÉ GUSTAVOPFIFFER,TULIO EDUARDO FLESCHSOLDÁ,SILVIAMALHEIROS,CARLOSRASSLAN,SAMIRpor2003-01-28T00:00:00Zoai:scielo:S0104-42302002000400034Revistahttps://ramb.amb.org.br/ultimas-edicoes/#https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||ramb@amb.org.br1806-92820104-4230opendoar:2003-01-28T00:00Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)false |
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