Fadiga relacionada ao câncer: uma revisão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302011000200021 |
Resumo: | A fadiga relacionada ao câncer (FRC) é um dos sintomas mais prevalentes em pacientes com câncer, sendo reportada por 50% a 90% dos pacientes durante o curso da doença ou do seu tratamento, impactando na qualidade de vida de forma severa além de diminuir a capacidade funcional diária dos pacientes. Uma abordagem ampla deve ser realizada com orientações gerais sobre fadiga, além da determinação de um plano individualizado de abordagem terapêutica. Pacientes com fadiga moderada ou severa devem se beneficiar de ambas as medidas farmacológicas e não farmacológicas a serem adotadas, enquanto pacientes que apresentem fadiga leve que não interfira na qualidade de vida podem ser tratados com medidas não farmacológicas como única medida terapêutica. O tratamento não farmacológico se mostra promissor com o uso de terapias cognitivas-comportamentais (conservação de energia e organização de atividades diárias realizadas, ECAM), exercícios físicos e talvez terapias do sono. O tratamento farmacológico tem mostrado resultados promissores que incluem o uso de psicoestimulantes tais como metilfenidato e dexmetilfenidato, modanafil (em pacientes com fadiga severa) e agentes estimuladores de eritropoietina em pacientes com anemia associada à quimioterapia e hemoglobina menor que 10 mg/dL. Além dessas drogas, o uso de Guaraná (Paullinia cupana) tem-se mostrado uma opção promissora, com efeitos benéficos no tratamento da fadiga física e mental relacionada ao câncer. Por ser uma opção sem efeitos colaterais significantes e uma planta nacional, torna-se atrativo considerando o fácil acesso a esta medicação por seu baixo custo e fácil adesão ao tratamento. O tratamento pode ser oferecido através de uma abordagem multimodal e multidisciplinar que individualize as opções terapêuticas dentro de um contexto que promova o diagnóstico acurado da FRC, além de um tratamento específico e adequado para cada paciente que apresente este sintoma tão importante e de grande impacto na qualidade de vida de pacientes com câncer. |
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