Deflazacort e cicatrização de anastomoses colônicas. Estudo experimental em ratos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2000 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302000000300006 |
Resumo: | OBJETIVO: O deflazacort é um novo corticóide com os mesmos efeitos antiinflamatórios dos demais, porém com menos efeitos colaterais. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do deflazacort na cicatrização de anastomoses colônicas. MATERIAL E MÉTODO: 75 ratos Wistar foram randomizados em três grupos para receberem os seguintes tratamentos por gavagem: grupo controle (N=24)= solução fisiológica; grupo deflazacort (N=25)= 0,1 mg/Kg/dia dessa droga e, grupo dexametasona (N=26)= 0,5 mg/Kg/dia substância. Após seis dias de tratamento, os animais foram submetidos à secção colônica, seguida de anastomose primária em um ponto situado a 2 cm acima da reflexão peritoneal. O tratamento com as soluções foi mantido até o sacrifício, que ocorreu no 3º ou no 6º dia de PO. Observou-se na necrópsia sinais de peritonite e deiscência de sutura. Realizou-se o teste de pressão de ruptura das anastomoses e dosou-se nessa região a concentração de hidroxiprolina e proteinas. RESULTADOS: Não houve diferença em relação à ocorrência de deiscência e peritonite. A pressão de ruptura foi semelhante no 3º dia. No 6º dia, ela foi maior (p <0.05) no grupo controle (180 [150-230] mmHg) que nos grupos deflazacort (150 [120-180] mmHg) e dexametasona (140 [100-180] mmHg). Não ocorreu diferença entre os grupos na dosagem de hidroxiprolina. A dosagem de protéinas foi maior no grupo dexametasona que nos controles no 3º PO. CONCLUSÕES: O uso de corticóides determina queda na resistência da anastomose colônica. O deflazacort apresenta os mesmos efeitos deletérios da dexametasona na cicatrização de anastomoses intestinais. |
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OBJETIVO: O deflazacort é um novo corticóide com os mesmos efeitos antiinflamatórios dos demais, porém com menos efeitos colaterais. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do deflazacort na cicatrização de anastomoses colônicas. MATERIAL E MÉTODO: 75 ratos Wistar foram randomizados em três grupos para receberem os seguintes tratamentos por gavagem: grupo controle (N=24)= solução fisiológica; grupo deflazacort (N=25)= 0,1 mg/Kg/dia dessa droga e, grupo dexametasona (N=26)= 0,5 mg/Kg/dia substância. Após seis dias de tratamento, os animais foram submetidos à secção colônica, seguida de anastomose primária em um ponto situado a 2 cm acima da reflexão peritoneal. O tratamento com as soluções foi mantido até o sacrifício, que ocorreu no 3º ou no 6º dia de PO. Observou-se na necrópsia sinais de peritonite e deiscência de sutura. Realizou-se o teste de pressão de ruptura das anastomoses e dosou-se nessa região a concentração de hidroxiprolina e proteinas. RESULTADOS: Não houve diferença em relação à ocorrência de deiscência e peritonite. A pressão de ruptura foi semelhante no 3º dia. No 6º dia, ela foi maior (p <0.05) no grupo controle (180 [150-230] mmHg) que nos grupos deflazacort (150 [120-180] mmHg) e dexametasona (140 [100-180] mmHg). Não ocorreu diferença entre os grupos na dosagem de hidroxiprolina. A dosagem de protéinas foi maior no grupo dexametasona que nos controles no 3º PO. CONCLUSÕES: O uso de corticóides determina queda na resistência da anastomose colônica. O deflazacort apresenta os mesmos efeitos deletérios da dexametasona na cicatrização de anastomoses intestinais. |
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