Obesidade materna em gestações de alto risco e complicações infecciosas no puerpério

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paiva,Letícia Vieira de
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Nomura,Roseli Mieko Yamamoto, Dias,Maria Carolina Gonçalves, Zugaib,Marcelo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302012000400016
Resumo: OBJETIVO: Analisar a associação entre a obesidade materna e complicações infecciosas do puerpério em gestações de alto risco. MÉTODOS: Estudo prospectivo de ago/2009 a ago/2010, com os seguintes critérios de inclusão: puérperas até o 5º dia; idade &gt;18 anos; gestação de alto risco; feto único e vivo no início do trabalho de parto; parto na instituição; peso materno aferido no dia do parto. O estado nutricional no final da gestação foi avaliado pelo índice de massa corporal (IMC), aplicando-se a curva de Atalah et al. (1997), e as pacientes foram classificadas em: baixo peso, adequado, sobrepeso e obesidade. As complicações do puerpério, investigadas durante o período de internação e 30 dias após a alta, foram: infecção e/ou secreção em ferida cirúrgica, infecção urinária, infecção puerperal, febre, hospitalização, uso de antibióticos e morbidade composta (pelo menos uma das complicações citadas). RESULTADOS: Foram incluídas 374 puérperas classificadas pelo IMC final em: baixo peso (n = 54, 14,4%); adequado (n = 126, 33,7%); sobrepeso (n = 105, 28,1%) e obesidade (n = 89, 23,8%). A obesidade materna apresentou associação significativa com as seguintes complicações do puerpério: infecção de ferida cirúrgica (16,7%, p = 0,042), infecção urinária (9,0%, p = 0,004), uso de antibiótico (12,3%, p < 0,001) e morbidade composta (25,6%, p = 0,016). Aplicando-se o modelo de regressão logística verificouse que a obesidade no final da gestação é variável independente na predição da morbidade composta (OR: 2,09; IC 95%: 1,15-3,80, p = 0,015). CONCLUSÃO: A obesidade materna no final da gravidez, em pacientes de alto risco, está associada de forma independente à ocorrência de complicações infecciosas no puerpério, demonstrando a necessidade de acompanhamento mais eficiente de ganho de peso materno nessas gestações.
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