Freqüência da atividade sexual em mulheres menopausadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: De Lorenzi,Dino Roberto Soares
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Saciloto,Bruno
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302006000400027
Resumo: OBJETIVO: Identificar os fatores relacionados à freqüência da atividade sexual entre mulheres pós-menopáusicas. MÉTODOS: Estudo transversal de 206 mulheres pós-menopáusicas entre 45 e 60 anos atendidas em um serviço universitário da região Sul do Brasil entre junho e outubro de 2002. A atividade sexual foi avaliada pelo número de relações sexuais no último mês e a sintomatologia climatérica pelo Índice de Kupperman. Na análise estatística, fez-se regressão linear múltipla. RESULTADOS: Das mulheres pesquisadas, 176 (85%) eram sexualmente ativas. Cerca de 60,6% relataram diminuição da atividade sexual após a menopausa, o que atribuíram principalmente à impotência sexual do parceiro (41,7%). Aproximadamente 25,7% negaram satisfação com o intercurso sexual. Na análise por regressão linear múltipla, associaram-se à atividade sexual a idade (p<0,01), o grau de satisfação sexual (p=0,01) e a sintomatologia climatérica (p=0,02). Quanto maior a idade, mais intensa a sintomatologia climatérica, menor a satisfação sexual e menos freqüente a atividade sexual. Os sintomas climatéricos que se correlacionaram com a atividade sexual foram os fogachos (p=0,05), a irritabilidade (p=0,04), a melancolia/tristeza (p=0,04), as artralgias/mialgias (p<0,01) e a fraqueza/cansaço (p<0,01). CONCLUSÃO: Os achados deste estudo foram similares aos descritos na literatura. Estes reforçam a hipótese da sexualidade da mulher climatérica não ser influenciada somente por fatores relacionados ao hipoestrogenismo, como também por fatores psicossociais e culturais associados ao próprio envelhecimento. Todavia, estudos longitudinais são necessários para se obter dados mais conclusivos. Especial atenção deve ser dada para as disfunções sexuais masculinas.
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