O óbito em crianças com diarréia aguda e choque em UTI

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brandão,Marcelo B.
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Lopes,Carlos E., Morcillo,André M., Baracat,Emílio C. E.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302005000400022
Resumo: OBJETIVOS: Descrever características clínicas e epidemiológicas de crianças com diarréia aguda e choque, admitidas em unidade de terapia intensiva pediátrica, e comparar a evolução clínica entre os grupos óbito e sobrevida, identificando fatores associados ao óbito. MÉTODOS: Estudo descritivo, retrospectivo, não controlado, no período de fevereiro de 1994 a janeiro de 1998. Os dados epidemiológicos e clínico-evolutivos dos pacientes foram analisados e os grupos de pacientes com sobrevida e com óbito foram comparados. O teste Qui-quadrado foi utilizado para variáveis contínuas, e o teste exato de Fisher para as variáveis categóricas (valores menores que cinco). RESULTADOS: Foram admitidas 71 crianças, com idade entre 0,4 e 13,9 meses. Evoluíram para óbito 15. Baixo peso de nascimento foi encontrado em 18,1% dos pacientes, tempo médio de aleitamento materno de 1,1 mês e de internação de 5,6 dias. Receberam antibióticos 93% das crianças. Necessitaram de ventilação pulmonar mecânica 52/71 crianças, uso de drogas vasoativas 23/70 e uso de bicarbonato de sódio 15/71; estas variáveis estiveram associadas com maior risco de óbito, na análise univariada. No modelo multivariado, permaneceram como significantes o parâmetro droga vasoativa (OR=18,56) e idade menor que três meses (OR=0,10). CONCLUSÕES: A diarréia aguda e choque ocorreram principalmente em crianças com menos de três meses de idade, com apresentação clínica e laboratorial de gravidade. Na evolução clínica, a utilização de terapia de suporte em paciente crítico esteve associada ao óbito, com destaque para o uso de droga vasoativa.
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