Infecção urinária hospitalar por leveduras do gênero Candida
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2001 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302001000300035 |
Resumo: | OBJETIVO: O isolamento de leveduras na urina não indica necessariamente infecção, porém a infecção do trato urinário por Candida constitui um problema hospitalar crescente. Neste estudo, o significado clínico da candidúria foi investigado em hospital universitário brasileiro. MÉTODOS: Em 1998, Candida spp. foi isolada na urina de 166 pacientes internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-SP. Os prontuários médicos de 100 destes pacientes, com candidúria detectada depois de três ou mais dias de hospitalização, foram revisados sobre aspectos microbiológicos, epidemiológicos e clínicos referentes a esse episódio. RESULTADOS: C. tropicalis foi isolada em 53% e C. albicans em 36% dos casos. Em 76% do doentes, a urocultura mostrou mais de 20.000 colônias de leveduras/mL. Doenças subjacentes crônicas, como neuropatias, cardiopatias e outras neoplasias e trauma foram freqüentes. Dos pacientes, 25% tinham diabetes mellitus. Os principais fatores predisponentes associados com candidúria foram: antibioticoterapia prévia (93%), sonda vesical de demora (83%), cirurgia nos últimos 60 dias (48%), insuficiência renal (32%), infecção bacteriana simultânea (28%) e uso de corticosteróides (20%) ou imunossupressores (10%). Apenas 43/100 pacientes foram tratados, 42 com fluconazol ou anfotericina B. No período de 60 dias após o episódio de candidúria, 40% dos doentes faleceram. CONCLUSÕES: Na presente casuística, as espécies não-albicans de Candida foram os principais agentes de candidúria, sendo considerados patógenos emergentes do trato urinário em pacientes gravemente enfermos. Foram, ainda, observadas doenças subjacentes, fatores de risco e alta mortalidade comumente associados com a candidíase do trato urinário. |
id |
AMB-1_5d0ae1e8f161c4c2448614929f71cc41 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0104-42302001000300035 |
network_acronym_str |
AMB-1 |
network_name_str |
Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Infecção urinária hospitalar por leveduras do gênero CandidaCandidúriaCandidaInfecção do trato urinárioInfecção hospitalarOBJETIVO: O isolamento de leveduras na urina não indica necessariamente infecção, porém a infecção do trato urinário por Candida constitui um problema hospitalar crescente. Neste estudo, o significado clínico da candidúria foi investigado em hospital universitário brasileiro. MÉTODOS: Em 1998, Candida spp. foi isolada na urina de 166 pacientes internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-SP. Os prontuários médicos de 100 destes pacientes, com candidúria detectada depois de três ou mais dias de hospitalização, foram revisados sobre aspectos microbiológicos, epidemiológicos e clínicos referentes a esse episódio. RESULTADOS: C. tropicalis foi isolada em 53% e C. albicans em 36% dos casos. Em 76% do doentes, a urocultura mostrou mais de 20.000 colônias de leveduras/mL. Doenças subjacentes crônicas, como neuropatias, cardiopatias e outras neoplasias e trauma foram freqüentes. Dos pacientes, 25% tinham diabetes mellitus. Os principais fatores predisponentes associados com candidúria foram: antibioticoterapia prévia (93%), sonda vesical de demora (83%), cirurgia nos últimos 60 dias (48%), insuficiência renal (32%), infecção bacteriana simultânea (28%) e uso de corticosteróides (20%) ou imunossupressores (10%). Apenas 43/100 pacientes foram tratados, 42 com fluconazol ou anfotericina B. No período de 60 dias após o episódio de candidúria, 40% dos doentes faleceram. CONCLUSÕES: Na presente casuística, as espécies não-albicans de Candida foram os principais agentes de candidúria, sendo considerados patógenos emergentes do trato urinário em pacientes gravemente enfermos. Foram, ainda, observadas doenças subjacentes, fatores de risco e alta mortalidade comumente associados com a candidíase do trato urinário.Associação Médica Brasileira2001-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302001000300035Revista da Associação Médica Brasileira v.47 n.3 2001reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)instname:Associação Médica Brasileira (AMB)instacron:AMB10.1590/S0104-42302001000300035info:eu-repo/semantics/openAccessOLIVEIRA,R.D.R. DEMAFFEI,C.M.L.MARTINEZ,R.por2001-11-26T00:00:00Zoai:scielo:S0104-42302001000300035Revistahttps://ramb.amb.org.br/ultimas-edicoes/#https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||ramb@amb.org.br1806-92820104-4230opendoar:2001-11-26T00:00Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Infecção urinária hospitalar por leveduras do gênero Candida |
title |
Infecção urinária hospitalar por leveduras do gênero Candida |
spellingShingle |
Infecção urinária hospitalar por leveduras do gênero Candida OLIVEIRA,R.D.R. DE Candidúria Candida Infecção do trato urinário Infecção hospitalar |
title_short |
Infecção urinária hospitalar por leveduras do gênero Candida |
title_full |
Infecção urinária hospitalar por leveduras do gênero Candida |
title_fullStr |
Infecção urinária hospitalar por leveduras do gênero Candida |
title_full_unstemmed |
Infecção urinária hospitalar por leveduras do gênero Candida |
title_sort |
Infecção urinária hospitalar por leveduras do gênero Candida |
author |
OLIVEIRA,R.D.R. DE |
author_facet |
OLIVEIRA,R.D.R. DE MAFFEI,C.M.L. MARTINEZ,R. |
author_role |
author |
author2 |
MAFFEI,C.M.L. MARTINEZ,R. |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
OLIVEIRA,R.D.R. DE MAFFEI,C.M.L. MARTINEZ,R. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Candidúria Candida Infecção do trato urinário Infecção hospitalar |
topic |
Candidúria Candida Infecção do trato urinário Infecção hospitalar |
description |
OBJETIVO: O isolamento de leveduras na urina não indica necessariamente infecção, porém a infecção do trato urinário por Candida constitui um problema hospitalar crescente. Neste estudo, o significado clínico da candidúria foi investigado em hospital universitário brasileiro. MÉTODOS: Em 1998, Candida spp. foi isolada na urina de 166 pacientes internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-SP. Os prontuários médicos de 100 destes pacientes, com candidúria detectada depois de três ou mais dias de hospitalização, foram revisados sobre aspectos microbiológicos, epidemiológicos e clínicos referentes a esse episódio. RESULTADOS: C. tropicalis foi isolada em 53% e C. albicans em 36% dos casos. Em 76% do doentes, a urocultura mostrou mais de 20.000 colônias de leveduras/mL. Doenças subjacentes crônicas, como neuropatias, cardiopatias e outras neoplasias e trauma foram freqüentes. Dos pacientes, 25% tinham diabetes mellitus. Os principais fatores predisponentes associados com candidúria foram: antibioticoterapia prévia (93%), sonda vesical de demora (83%), cirurgia nos últimos 60 dias (48%), insuficiência renal (32%), infecção bacteriana simultânea (28%) e uso de corticosteróides (20%) ou imunossupressores (10%). Apenas 43/100 pacientes foram tratados, 42 com fluconazol ou anfotericina B. No período de 60 dias após o episódio de candidúria, 40% dos doentes faleceram. CONCLUSÕES: Na presente casuística, as espécies não-albicans de Candida foram os principais agentes de candidúria, sendo considerados patógenos emergentes do trato urinário em pacientes gravemente enfermos. Foram, ainda, observadas doenças subjacentes, fatores de risco e alta mortalidade comumente associados com a candidíase do trato urinário. |
publishDate |
2001 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2001-09-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302001000300035 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302001000300035 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0104-42302001000300035 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Médica Brasileira |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Médica Brasileira |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista da Associação Médica Brasileira v.47 n.3 2001 reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online) instname:Associação Médica Brasileira (AMB) instacron:AMB |
instname_str |
Associação Médica Brasileira (AMB) |
instacron_str |
AMB |
institution |
AMB |
reponame_str |
Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
collection |
Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB) |
repository.mail.fl_str_mv |
||ramb@amb.org.br |
_version_ |
1754212825456181248 |