Manutenção do tabagismo e etilismo em pacientes tratados por câncer de cabeça e pescoço: influência do tipo de tratamento oncológico empregado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto,Fábio Roberto
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Matos,Leandro Luongo de, Gumz Segundo,Wagner, Vanni,Christiana Maria Ribeiro Salles, Rosa,Denise Santos, Kanda,Jossi Ledo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302011000200014
Resumo: OBJETIVO: Avaliar a taxa de manutenção do tabagismo e etilismo em pacientes tratados por carcinoma epidermoide da cabeça e pescoço e comparar o resultado observado com a modalidade do tratamento oncológico empregado. MÉTODOS: Foram incluídos 110 pacientes tratados por carcinoma epidermoide das vias aereodigestivas altas, divididos em grupo cirúrgico, tratado com cirurgia, e grupo clínico, tratado com quimioterapia e/ou radioterapia. Os pacientes foram entrevistados a fim de determinar se houve manutenção dos hábitos após o tratamento. Comparou-se a taxa de manutenção dos hábitos com a modalidade de tratamento empregada. Testou-se também a relação entre o status oncológico dos pacientes com as taxas de tabagismo e etilismo encontradas. RESULTADOS: Entre os tabagistas, 35% mantiveram este hábito após o tratamento. No grupo clínico, houve um percentual significativamente maior de pacientes que mantiveram o tabagismo com relação ao grupo cirúrgico (58,3% x 25%; p = 0,004). Entre os etilistas, 16,6% continuaram a ingerir bebidas alcoólicas, percentagem que também se mostrou maior no grupo clínico (23,8% x 13,3%), porém sem diferença estatisticamente significativa. O status oncológico dos pacientes não apresentou relação com a manutenção dos hábitos estudados. CONCLUSÃO: São altas as taxas de manutenção de tabagismo e etilismo após o tratamento do carcinoma epidermoide de cabeça e pescoço, especialmente se considerarmos o tabagismo nos pacientes tratados com quimioterapia e/ou radioterapia. Uma abordagem multidisciplinar mais efetiva é necessária com vista a obter melhores taxas de abandono do tabaco e do álcool, especialmente no grupo de pacientes submetidos a tratamentos não cirúrgicos.
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