Influência do tratamento neoadjuvante na morbi-mortalidade das esofagectomias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tomasich,Flávio Daniel Saavedra
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Valladares,Gerardo Cristino Gavarrette, Demarchi,Viviane Coimbra Augusto, Gagliardi,Danilo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302003000300035
Resumo: OBJETIVOS: Avaliar a influência do tratamento neoadjuvante (quimioterápico e/ou radioterápico) nas complicações pós-operatórias e letalidade hospitalar de pacientes com câncer de esôfago submetidos a esofagectomia com linfadenectomia em dois campos. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 132 pacientes com câncer de esôfago admitidos no Departamento de Cirurgia do Hospital Erasto Gaertner de janeiro de 1987 a janeiro de 1998, divididos de acordo com a realização ou não de tratamento neoadjuvante. Analisaram-se as variáveis relativas ao paciente (sexo, idade, estado geral, perda ponderal, co-morbidades, tabagismo, risco pulmonar), ao tumor (tipo histológico, localização, estádio clínico) e ao procedimento cirúrgico (local e tipo da anastomose, tempo cirúrgico, tempo de permanência hospitalar), relacionando-as com as complicações e mortalidade pós-operatórias. RESULTADOS: Noventa e quatro pacientes (71,2%) eram do sexo masculino. O tipo histológico predominante foi o CEC em 94,7% e oito pacientes (66,6%) eram tabagistas, e as principais co-morbidades anotadas foram: DPOC (29,55%) e HAS (15,15%). A principal localização do tumor foi o segmento torácico inferior (56,06%), com extensão tumoral média de 47,72 (8-70) mm. Seis pacientes (4,54%) eram EC I, 44 (33,33%) IIA, 24 (18,18%) IIB, 38 (28,80%) III e 17 (12,90%) IV. Quanto ao tratamento neoadjuvante, 39 pacientes (29,54%) foram submetidos a quimioterapia e 22 (16,67%) a radioterapia. As complicações pós-operatórias foram de 74,35% (p=0,0002) e 72,73% (p=0,0037), respectivamente. A taxa de complicações foi de 39,3% e a letalidade hospitalar 13,70%, representadas mais freqüentemente pelas causas pleuropulmonares. CONCLUSÕES: O tratamento neoadjuvante quimioterápico e radioterápico foi relacionado com maior ocorrência de complicações pós-operatórias, sem influência na letalidade hospitalar.
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