Carcinoma epidermóide da boca em idosos de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PERUSSI,MÁRIO R.
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: DENARDIN,ODILON VITOR P., FAVA,ANTONIO SÉRGIO, RAPOPORT,ABRÃO
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302002000400041
Resumo: OBJETIVO: Verificar a influência das variáveis sexo e localização do tumor primário na sobrevida, em idosos portadores de câncer da boca. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 1440 fichas clínicas de pacientes com carcinoma epidermóide da boca do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Heliópolis, São Paulo, de 1978-1997. Foram encontrados 562 idosos (idade mínima de 60 anos - critério da OMS para países em desenvolvimento) e 878 nas 1ª e 2ª idades, comparando-se as freqüências das variáveis do estudo (sexo e localização do tumor). Como critério de evolução utilizou-se o tempo de vida, em meses, após o diagnóstico. Foi utilizado como método estatístico o qui-quadrado com nível de significância de 5% ( a = 0,05). RESULTADOS: A freqüência do câncer da boca em idosos permaneceu estável no período estudado (39,5% em 1978-87 vs 38,2% em 1989-1997). A relação masculino:feminino foi de 3:1 em pacientes com mais de 60 anos e 8:1 antes dos 60 anos. Observou-se um predomínio em idosos no câncer da região jugal (56%) e palato (47%) quando comparados com os tumores de pacientes mais jovens localizados em língua e soalho (67%) e língua (62%). Não foram observadas diferenças na percentagem de pacientes falecidos antes do início do tratamento (11,6% vs 10,5% em jovens) e nas percentagens de sobrevida em diferentes períodos (seis meses a cinco anos). CONCLUSÕES: Existe uma maior proporção de mulheres com câncer da boca entre os idosos quando comparadas as 1ª e 2ª idades. Compararativamente, os tumores do andar superior da boca (palato) foram mais freqüentes nos indivíduos com menos de 60 anos enquanto que a localização na língua e soalho ocorreu com maior freqüência nos pacientes com idade de 60 e mais anos. As diferenças observadas em relação ao sexo e localização não se refletiram em modificação de sobrevida dos pacientes estudados.
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