Formação e experiência profissional dos médicos prescritores de antirretrovirais no Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Scheffer,Mario Cesar
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Escuder,Maria Mercedes, Grangeiro,Alexandre, Castilho,Euclides Ayres de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302010000600020
Resumo: OBJETIVO: Analisar o perfil dos médicos que prescreveram antirretrovirais (ARV) no Estado de São Paulo para o tratamento de pessoas infectadas pelo HIV. MÉTODOS: Foram analisadas as características sociodemográficas, de formação técnico-científica e a experiência dos profissionais que prescreveram os ARV entre outubro de 2007 e maio de 2009, utilizando-se informações obtidas nos bancos de dados do Ministério da Saúde, Conselho Regional de Medicina do Estado São Paulo, Comissão Nacional de Residência Médica e plataforma Lattes. RESULTADOS: A prescrição regular de ARV para 74 mil pacientes foi realizada por 1609 médicos, que apresentam distribuição similar segundo sexo, têm entre 30 anos e 49 anos, residem principalmente na região metropolitana de São Paulo, são formados em média há 16,1 anos, em 93 escolas médicas do país e possuem alguma formação em especialidades médicas (67,5%), especialmente em infectologia (38,9%). Cada médico prescreveu ARV em média para 10 pacientes, sendo que 51,6% prescreveram para 20 ou mais pacientes. Entre os profissionais, 62% reúnem conhecimento específico ou experiência para o tratamento de pessoas com HIV, sendo que 2,7% das prescrições foram realizadas por profissionais que não apresentaram nenhuma dessas condições. Regiões com alta incidência de Aids apresentaram menor número de prescritores, como Barretos e Baixada Santista, reunindo as maiores concentrações de profissionais sem conhecimento específico ou experiência no Estado de São Paulo. CONCLUSÃO: A maioria das pessoas com HIV recebem prescrições de médicos que apresentam os requisitos de conhecimento e/ou experiência. Porém, o grande número de prescritores sem as qualificações mínimas e o reduzido número de médicos em regiões de maior incidência de Aids implicam importantes desafios para universalizar adequada atenção à saúde de pessoas com HIV.
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