Experiência em pacientes com suspeita de hepatopatia crônica e contra-indicação para biópsia hepática percutânea utilizando a agulha de Ross modificada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maciel,A. C.
Data de Publicação: 2000
Outros Autores: Barros,S. G. Silva de, Tarasconi,D. P., Severo Júnior,L. C. V., Cerski,C. T. S., Ilha,D. de O.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302000000200008
Resumo: OBJETIVOS: O trabalho visou introduzir em nosso meio a técnica de biópsia hepática transjugular orientada por métodos radiológicos para a obtenção do diagnóstico histológico em pacientes clínica e laboratorialmente diagnosticados com hepatopatia crônica e com pelo menos uma das contra-indicações à biópsia hepática percutânea: coagulopatia, ascite maciça e anemia crônica acentuada com insuficiência renal crônica ou obesidade mórbida. MÉTODOS: Biópsia hepática aspirativa foi obtida com agulha de Ross modificada, através da punção da veia jugular interna com cateterização da veia hepática direita sob controle fluoroscópico. RESULTADOS: Trinta e nove pacientes foram estudados, obtendo-se tecido hepático em 32 (82%) sendo satisfatório para diagnóstico histológico em 25 (64,1%), com concordância entre o diagnóstico pré e pós-biópsia em 11 (28,2%) e discordância em 14 pacientes (35,9%). O procedimento foi bem tolerado pela maioria dos pacientes; contudo um paciente apresentou sangramento retroperitoneal, necessitando cirurgia imediata para controle da hemorragia. CONCLUSÕES: A biópsia hepática transjugular é um método diagnóstico útil para o estudo histopatológico na suspeita de hepatopatia crônica com contra-indicações a biópsia hepática percutânea. Em nossa série foi obtido diagnóstico histopatológico em 64,1% dos indivíduos estudados. Pacientes com suspeita clínica de cirrose tiveram baixo diagnóstico histopatológico (50%) quando comparados com indivíduos sem essa suspeita (78,9%). O método é relativamente complexo, podendo apresentar complicações graves, e deve ser realizado em centros de excelência em radiologia e hepatologia.
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