Privacidade e confidencialidade na assistência à saúde do adolescente: percepções e comportamentos de um grupo de 711 universitários
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302007000300022 |
Resumo: | OBJETIVO: Conhecer as opiniões e comportamentos de um grupo de universitários sobre o grau de privacidade que consideram adequado em várias situações clínicas e em quais destas situações admitem a quebra de confidencialidade. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quali-quantitativo, no qual 711 universitários responderam a um questionário anônimo sobre a confidencialidade na assistência à saúde. O fator em estudo foi o reconhecimento dos limites éticos à confidencialidade e o desfecho avaliado foi a admissão da quebra de confidencialidade em situações clínicas freqüentes na morbidade dos adolescentes. A análise estatística utilizou o EpiInfo 6.04 e Microsoft Excel, 1997. A pesquisa foi aprovada pelo CEP/PUCRS. RESULTADOS: 82% dos adolescentes identificam a situação ideal de revelação mediante autorização do paciente, diferenciando-a das demais formas de quebra de confidencialidade. Em relação a revelações não autorizadas, a maioria admite a quebra do sigilo nas situações de idéias suicidas (85%), violência (84,2%), abuso sexual (81,7%), anorexia nervosa (81,3%) e risco à vida de terceiros (72,3%); cerca da metade em HIV/Aids (57,9%), drogadição (51,7%) e DST (44,7%); e menos de um terço a aceitam em casos de gravidez (33,6%), homossexualidade (20,7%) e atividade sexual (15,6%). CONCLUSÃO: Os participantes estabelecem graus diferentes sobre o valor da confidencialidade no contexto assistencial. Aceitam que as informações sejam comunicadas a terceiros quando houver autorização do paciente. Quanto maiores os riscos à integridade física, mais facilmente admitem a quebra não autorizada do sigilo, porém dificilmente a aceitam nos aspectos referentes a sua sexualidade. |
id |
AMB-1_895c35831ab33623e0f46a33097a825e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0104-42302007000300022 |
network_acronym_str |
AMB-1 |
network_name_str |
Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Privacidade e confidencialidade na assistência à saúde do adolescente: percepções e comportamentos de um grupo de 711 universitáriosAdolescênciaPrivacidadeComunicação sigilosaOBJETIVO: Conhecer as opiniões e comportamentos de um grupo de universitários sobre o grau de privacidade que consideram adequado em várias situações clínicas e em quais destas situações admitem a quebra de confidencialidade. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quali-quantitativo, no qual 711 universitários responderam a um questionário anônimo sobre a confidencialidade na assistência à saúde. O fator em estudo foi o reconhecimento dos limites éticos à confidencialidade e o desfecho avaliado foi a admissão da quebra de confidencialidade em situações clínicas freqüentes na morbidade dos adolescentes. A análise estatística utilizou o EpiInfo 6.04 e Microsoft Excel, 1997. A pesquisa foi aprovada pelo CEP/PUCRS. RESULTADOS: 82% dos adolescentes identificam a situação ideal de revelação mediante autorização do paciente, diferenciando-a das demais formas de quebra de confidencialidade. Em relação a revelações não autorizadas, a maioria admite a quebra do sigilo nas situações de idéias suicidas (85%), violência (84,2%), abuso sexual (81,7%), anorexia nervosa (81,3%) e risco à vida de terceiros (72,3%); cerca da metade em HIV/Aids (57,9%), drogadição (51,7%) e DST (44,7%); e menos de um terço a aceitam em casos de gravidez (33,6%), homossexualidade (20,7%) e atividade sexual (15,6%). CONCLUSÃO: Os participantes estabelecem graus diferentes sobre o valor da confidencialidade no contexto assistencial. Aceitam que as informações sejam comunicadas a terceiros quando houver autorização do paciente. Quanto maiores os riscos à integridade física, mais facilmente admitem a quebra não autorizada do sigilo, porém dificilmente a aceitam nos aspectos referentes a sua sexualidade.Associação Médica Brasileira2007-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302007000300022Revista da Associação Médica Brasileira v.53 n.3 2007reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)instname:Associação Médica Brasileira (AMB)instacron:AMB10.1590/S0104-42302007000300022info:eu-repo/semantics/openAccessLoch,Jussara de AzambujaClotet,JoaquimGoldim,José Robertopor2007-07-31T00:00:00Zoai:scielo:S0104-42302007000300022Revistahttps://ramb.amb.org.br/ultimas-edicoes/#https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||ramb@amb.org.br1806-92820104-4230opendoar:2007-07-31T00:00Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Privacidade e confidencialidade na assistência à saúde do adolescente: percepções e comportamentos de um grupo de 711 universitários |
title |
Privacidade e confidencialidade na assistência à saúde do adolescente: percepções e comportamentos de um grupo de 711 universitários |
spellingShingle |
Privacidade e confidencialidade na assistência à saúde do adolescente: percepções e comportamentos de um grupo de 711 universitários Loch,Jussara de Azambuja Adolescência Privacidade Comunicação sigilosa |
title_short |
Privacidade e confidencialidade na assistência à saúde do adolescente: percepções e comportamentos de um grupo de 711 universitários |
title_full |
Privacidade e confidencialidade na assistência à saúde do adolescente: percepções e comportamentos de um grupo de 711 universitários |
title_fullStr |
Privacidade e confidencialidade na assistência à saúde do adolescente: percepções e comportamentos de um grupo de 711 universitários |
title_full_unstemmed |
Privacidade e confidencialidade na assistência à saúde do adolescente: percepções e comportamentos de um grupo de 711 universitários |
title_sort |
Privacidade e confidencialidade na assistência à saúde do adolescente: percepções e comportamentos de um grupo de 711 universitários |
author |
Loch,Jussara de Azambuja |
author_facet |
Loch,Jussara de Azambuja Clotet,Joaquim Goldim,José Roberto |
author_role |
author |
author2 |
Clotet,Joaquim Goldim,José Roberto |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Loch,Jussara de Azambuja Clotet,Joaquim Goldim,José Roberto |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Adolescência Privacidade Comunicação sigilosa |
topic |
Adolescência Privacidade Comunicação sigilosa |
description |
OBJETIVO: Conhecer as opiniões e comportamentos de um grupo de universitários sobre o grau de privacidade que consideram adequado em várias situações clínicas e em quais destas situações admitem a quebra de confidencialidade. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quali-quantitativo, no qual 711 universitários responderam a um questionário anônimo sobre a confidencialidade na assistência à saúde. O fator em estudo foi o reconhecimento dos limites éticos à confidencialidade e o desfecho avaliado foi a admissão da quebra de confidencialidade em situações clínicas freqüentes na morbidade dos adolescentes. A análise estatística utilizou o EpiInfo 6.04 e Microsoft Excel, 1997. A pesquisa foi aprovada pelo CEP/PUCRS. RESULTADOS: 82% dos adolescentes identificam a situação ideal de revelação mediante autorização do paciente, diferenciando-a das demais formas de quebra de confidencialidade. Em relação a revelações não autorizadas, a maioria admite a quebra do sigilo nas situações de idéias suicidas (85%), violência (84,2%), abuso sexual (81,7%), anorexia nervosa (81,3%) e risco à vida de terceiros (72,3%); cerca da metade em HIV/Aids (57,9%), drogadição (51,7%) e DST (44,7%); e menos de um terço a aceitam em casos de gravidez (33,6%), homossexualidade (20,7%) e atividade sexual (15,6%). CONCLUSÃO: Os participantes estabelecem graus diferentes sobre o valor da confidencialidade no contexto assistencial. Aceitam que as informações sejam comunicadas a terceiros quando houver autorização do paciente. Quanto maiores os riscos à integridade física, mais facilmente admitem a quebra não autorizada do sigilo, porém dificilmente a aceitam nos aspectos referentes a sua sexualidade. |
publishDate |
2007 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2007-06-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302007000300022 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302007000300022 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0104-42302007000300022 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Médica Brasileira |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Médica Brasileira |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista da Associação Médica Brasileira v.53 n.3 2007 reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online) instname:Associação Médica Brasileira (AMB) instacron:AMB |
instname_str |
Associação Médica Brasileira (AMB) |
instacron_str |
AMB |
institution |
AMB |
reponame_str |
Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
collection |
Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB) |
repository.mail.fl_str_mv |
||ramb@amb.org.br |
_version_ |
1754212827547041792 |