Padrão de sensibilidade de 117 amostras clínicas de Staphylococcus aureus isoladas em 12 hospitais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Farias,W.V.L.
Data de Publicação: 1997
Outros Autores: Sader,H.S., Leme,I.L., Pignatari,A.C.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301997000300006
Resumo: OBJETIVO. Avaliar o padrão de sensibilidade in vitro de amostras clínicas de Staphylococcus aureus sensíveis (OSSA) e resistentes à oxacilina (ORSA) a outros antimicrobianos que podem ser utilizados no tratamento de infecções estafilocócicas. MATERIAL E MÉTODO. Foram analisadas 117 amostras clínicas de S. aureus isoladas em vários hospitais de São Paulo. Também foram incluídas amostras isoladas em Campinas, SP, e João Pessoa, PB. A avaliação da sensibilidade in vitro aos antimicrobianos foi realizada pela técnica de microdiluição em caldo, utilizando os procedimentos preconizados pelo National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS). Foi avaliada a concentração inibitória mínima (MIC) para 24 antimicrobianos da classe dos beta-lactâmicos, fluoroquinolonas, aminoglicosídeos, glicopeptídeos, macrolídeos, lincosaminas e estreptograminas. Foram avaliadas tanto drogas disponíveis comercialmente quanto as que ainda se encontram em fase de pesquisa. A resistência cruzada entre dez fluoroquinolonas foi avaliada em 24 amostras. RESULTADOS. Os glicopeptídeos, o RP-59500 e a mupirocina foram os antimicrobianos que apresentaram maior atividade in vitro contra amostras de ORSA (100% sensibilidade). Oitenta e sete por cento das amostras de OSSA foram sensíveis à ciprofloxacina (MIC50 0,25mig/mL), enquanto que, para os ORSA, a sensibilidade foi de apenas 38% (MIC50 >4mig/mL). A resistência cruzada para as fluoroquinolonas foi observada mesmo para drogas não disponíveis comercialmente. As fluoroquinolonas que permaneceram ativas contra amostras resistentes à ciprofloxacina (clinafloxacina e WIN-57.273) apresentaram MICs 8 a 64 vezes mais elevados que as amostras sensíveis à ciprofloxacina, sugerindo que, quando lançadas na prática clínica, esses MICs possam se elevar ainda mais, inviabilizando o uso clínico desses compostos. CONCLUSÃO. Os resultados do presente estudo mostraram uma alta taxa de resistência a antimicrobianos das amostras de S. aureus nos hospitais do Brasil, restando poucas opções para o tratamento de infecções causadas por ORSA.
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