Infecção por Chlamydia trachomatis no período neonatal: aspectos clínicos e laboratoriais. Experiência de uma década: 1987-1998
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Data de Publicação: | 1999 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301999000400004 |
Resumo: | A infecção por C. trachomatis é adquirida pelo recém-nascido (RN) principalmente durante sua passagem pelo canal do parto; 25% a 50% destes deverão desenvolver conjuntivite e 10% a 20% pneumonia. OBJETIVOS: Verificar a incidência de infecção ocular por C. trachomatis nos RN internados com diagnóstico de conjuntivite, num período de 10 anos. - Observar a associação entre infecção ocular é pneumonia intersticial - Estudar os aspectos epidemiológicos e os métodos utilizados para o diagnóstico laboratorial. CASUÍSTICA E METODOLOGIA: Foram analisados os RN internados com diagnóstico de conjuntivite e/ou pneumonia intersticial internados na UCINE no período de 1987-1998. Os métodos de diagnóstico utilizados foram: a pesquisa direta do agente etiológico em raspado de conjuntiva, radiografia de tórax, sorologia para C. trachomatis no sangue pelo método de imunofluorescência para anticorpos IgG e IgM. RESULTADOS: Estudamos as características de 20 RN que apresentaram infecção por C. trachomatis : 15 eram de termo (75%) e cinco, pré-termos (25%); houve predominância da infecção no sexo feminino (60%); a pneumonia esteve presente em 15 dos 20 RN (75%) e 12 apresentaram associação de conjuntivite e pneumonia. Não houve relação significante entre tipo de parto, idade materna, número de parceiros e a infecção, sendo que o antecedente materno de leucorreia esteve presente em 50% dos casos. O diagnóstico sorológico esteve relacionado com a presença de pneumonia e a pesquisa direta com a conjuntivite. A incidência de conjuntivite por C. trachomatis entre os RN internados com esse diagnóstico durante o período de estudo foi de 17/100 (17%). CONCLUSÕES: A C. trachomatis é um importante agente patogênico e sua pesquisa é muito importante em RN com conjuntivite e/ou pneumonia intersticial mesmo na ausência de fatores de risco para doença sexualmente transmissível. A pesquisa direta em raspado de conjuntiva e o exame sorológico se mostraram importantes como métodos auxiliares do diagnóstico. |
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Infecção por Chlamydia trachomatis no período neonatal: aspectos clínicos e laboratoriais. Experiência de uma década: 1987-1998Chlamydia trachomatisConjuntivite neonatalPneumonia intersticialA infecção por C. trachomatis é adquirida pelo recém-nascido (RN) principalmente durante sua passagem pelo canal do parto; 25% a 50% destes deverão desenvolver conjuntivite e 10% a 20% pneumonia. OBJETIVOS: Verificar a incidência de infecção ocular por C. trachomatis nos RN internados com diagnóstico de conjuntivite, num período de 10 anos. - Observar a associação entre infecção ocular é pneumonia intersticial - Estudar os aspectos epidemiológicos e os métodos utilizados para o diagnóstico laboratorial. CASUÍSTICA E METODOLOGIA: Foram analisados os RN internados com diagnóstico de conjuntivite e/ou pneumonia intersticial internados na UCINE no período de 1987-1998. Os métodos de diagnóstico utilizados foram: a pesquisa direta do agente etiológico em raspado de conjuntiva, radiografia de tórax, sorologia para C. trachomatis no sangue pelo método de imunofluorescência para anticorpos IgG e IgM. RESULTADOS: Estudamos as características de 20 RN que apresentaram infecção por C. trachomatis : 15 eram de termo (75%) e cinco, pré-termos (25%); houve predominância da infecção no sexo feminino (60%); a pneumonia esteve presente em 15 dos 20 RN (75%) e 12 apresentaram associação de conjuntivite e pneumonia. Não houve relação significante entre tipo de parto, idade materna, número de parceiros e a infecção, sendo que o antecedente materno de leucorreia esteve presente em 50% dos casos. O diagnóstico sorológico esteve relacionado com a presença de pneumonia e a pesquisa direta com a conjuntivite. A incidência de conjuntivite por C. trachomatis entre os RN internados com esse diagnóstico durante o período de estudo foi de 17/100 (17%). CONCLUSÕES: A C. trachomatis é um importante agente patogênico e sua pesquisa é muito importante em RN com conjuntivite e/ou pneumonia intersticial mesmo na ausência de fatores de risco para doença sexualmente transmissível. A pesquisa direta em raspado de conjuntiva e o exame sorológico se mostraram importantes como métodos auxiliares do diagnóstico.Associação Médica Brasileira1999-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301999000400004Revista da Associação Médica Brasileira v.45 n.4 1999reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)instname:Associação Médica Brasileira (AMB)instacron:AMB10.1590/S0104-42301999000400004info:eu-repo/semantics/openAccessVaz,F.A.C.Ceccon,M.E.J.Diniz,E.M.A.por2000-04-14T00:00:00Zoai:scielo:S0104-42301999000400004Revistahttps://ramb.amb.org.br/ultimas-edicoes/#https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||ramb@amb.org.br1806-92820104-4230opendoar:2000-04-14T00:00Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)false |
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