Variáveis clínicas de risco pré-operatório
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302001000200029 |
Resumo: | OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi identificar variáveis que facilitam o aparecimento de complicação pulmonar pós-operatória (CPP) nos pacientes submetidos às cirurgias eletivas de tórax e abdômen alto. MÉTODOS: Foram estudados 297 pacientes, avaliados e estratificados em baixo, moderado e alto risco para desenvolvimento de CPP através da escala PORT, idealizada por Torrington & Henderson ( 1988). Todos os pacientes foram acompanhados por 72 horas no pós-operatório imediato. Foram consideradas como CPP: atelectasia com repercussão clínica ou radiológica, pneumonia, traqueobronquite, broncoespasmo, intubação e/ou ventilação mecânica prolongada. Através da análise univariada, estudamos as seguintes variáveis independentes: idade, grau nutricional (índice de massa corpórea - IMC), sintomas respiratórios, doença respiratória, tabagismo, espirometria e tempo cirúrgico. Posteriormente submetemos tais variáveis à análise de regressão logística multivariada para avaliar a relação entre as variáveis independentes com a dependente e a chance de CPP. RESULTADOS: A incidência de CPP observada foi de 12,1%. Para análise estatística utilizou-se a análise univariada e posteriormente a regressão logística multivariada. Os resultados informam através da razão de chances (odss ratio-or) a participação das variáveis independentes entre si sobre a dependente (complicou/não complicou) no evento estudado. Em ambos os tipos de cirurgia, as variáveis encontradas foram: tosse com expectoração amarela (OR= 3.8); a cirurgia torácica em relação a abdominal (OR=2.9); IMC (OR=1.13); tempo de tabagismo (OR=1.03) e tempo cirúrgico (OR=1.007). Na aplicação da análise da regressão logística considerando somente a cirurgia torácica, as variáveis foram: broncoespasmo (OR= 6.2); IMC (OR= 1.15); tempo de tabagismo (OR=1.04) e tempo cirúrgico (OR=1.007). CONCLUSÕES: As variáveis de risco pré-operatórias que aumentaram a chance de CPP nas cirurgias de tórax e abdômen alto foram: tosse com expectoração amarela; cirurgia torácica, IMC; tabagismo e tempo cirúrgico. Nas cirurgias de tórax as variáveis encontradas foram: broncoespasmo, IMC, tabagismo e tempo cirúrgico. |
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