Pólipos da vesícula biliar. Como e quando tratar?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302010000300017 |
Resumo: | OBJETIVO: O objetivo do estudo é saber qual a orientação terapêutica para os doentes com pólipos vesiculares (PVs), que tipo de vigilância realizar, saber diferenciar entre um pólipo benigno e um pólipo maligno e proporcionar uma tranquilização em relação à "cancrofobia". Tipo de estudo: Realizou-se um estudo retrospectivo de cinco anos. Local: O estudo foi realizado nos Hospitais da Universidade de Coimbra, num Serviço de Cirurgia. População: Foram estudados todos os doentes operados no Serviço de Cirurgia II com o diagnóstico pré-operatório de PV, entre janeiro de 2003 e dezembro 2007. MÉTODOS: Foi feita correlação clínico-patológica de todos os doentes. Feita avaliação: de dados demográficos, da apresentação clínica, dos principais sintomas, das patologias associadas e exames complementares de diagnóstico realizados. RESULTADOS: Foram estudados 93 doentes, sendo que em 91 doentes tratava-se de pólipos benignos e em dois doentes de pólipos malignos. Dos 91 pólipos benignos, 73 (78,5%) eram pólipos de colesterol, 14 (15%) hiperplasias e dois (2,2%) adenomas. Em dois (2,2%) doentes tratava-se de pólipos malignos, adenocarcinoma da vesícula biliar. O diâmetro médio dos pólipos benignos é de 6 mm, 40 (43%) doentes apresentavam lesões múltiplas. Nos pólipos malignos e pré-malignos (adenomas) o diâmetro médio é de 18,8 mm, são todas lesões solitárias e a idade média destes doentes é de 57,7 anos. CONCLUSÃO: Conclui-se que o tratamento cirúrgico dos PVs é a colecistectomia e só deve ser realizado quando existe: clínica relacionada com o PV; pólipos de diâmetro superior a 10 mm; crescimento do pólipo num curto espaço de tempo; pólipo séssil ou base de inserção larga; pólipo com longo pedículo; idade do doente superior a 50 anos; coexistência de litíase vesicular; pólipos localizados no infundíbulo da vesícula ou alterações ecográficas na parede vesicular. |
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