Aleitamento materno por trinta ou mais dias é fator de proteção contra sobrepeso em pré-escolares da região semiárida de Alagoas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira,Haroldo da Silva
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Vieira,Evla Darc Ferro, Cabral Junior,Cyro Rego, Queiroz,Marina Dhandara Rodrigues de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302010000100020
Resumo: OBJETIVO: Investigar os efeitos do aleitamento materno sobre a ocorrência de desvios antropométricos em pré-escolares da região semiárida de Alagoas e os possíveis fatores associados. MÉTODOS: Em amostra probabilística de 716 crianças de um a cinco anos, coletaram-se dados antropométricos, socioeconômicos, demográficos e de saúde. As variáveis dependentes foram o déficit estatural (estatura para idade <-2 dp) e o sobrepeso (peso para altura > 2 dp) em relação ao padrão da OMS-2006. As crianças foram categorizadas em "mamaram" (amamentação >30 dias) e "não mamaram" (amamentação < 30 dias). Os dados foram submetidos à análise bivariada (c2) e multivariada (análise de regressão logística). RESULTADOS: As prevalências de déficit estatural e sobrepeso foram, respectivamente, 11,5% e 6,3%. Embora 87,3% pertencessem às classes de menor nível econômico (D e E), 44,3% das mães tinham IMC >25 kg/m². Dentre as 716 crianças estudadas, 489 (68,3%) mamaram, 65 (9 %) não mamaram e 162 (22,7%) ainda estavam mamando. Entre as que mamaram, 213 (43,5%) foram amamentadas por mais de um ano. Na análise bivariada, a prevalência de sobrepeso foi maior entre crianças que não mamaram (12,7% vs 6%; IC95% = 1 a 5,5). Os fatores independentemente associados ao déficit estatural foram o menor peso ao nascer, residir em área rural e mãe não residir com companheiro. O sobrepeso associou-se à não amamentação, tabagismo materno durante a gestação e peso ao nascer > 4 kg. CONCLUSÃO: O aleitamento materno por um período mínimo de 30 dias exerce um efeito protetor contra o sobrepeso em crianças de um a cinco anos da região semiárida de Alagoas.
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