Prevalência de hepatite C em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico do HUCCF-UFRJ
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302002000100031 |
Resumo: | Os pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) apresentam fatores de risco para a aquisição de hepatite C, como hospitalizações e hemotransfusões, e compartilham com os pacientes infectados pelo vírus da hepatite C (HCV) várias manifestações clínico-laboratoriais relacionadas a auto-imunidade. OBJETIVOS: O objetivo do presente estudo é determinar a prevalência de hepatite C em uma população com LES acompanhada no ambulatório de programas especiais - Colagenoses - do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF-UFRJ). MÉTODOS: Foi realizado um estudo de corte-transversal, incluindo os primeiros 91 pacientes com o diagnóstico de LES provável ou definitivo procedentes do referido ambulatório, no período de abril a setembro de 1997. Todos os doentes foram avaliados, sob o ponto de vista clínico e laboratorial, para determinação de atividade de doença lúpica. Foram realizados o teste de triagem UBI HCV EIA 4.0 e o teste suplementar INNO-LIA HCV AbIII nos 91 pacientes selecionados e , em 32 pacientes escolhidos ao acaso e nos pacientes reativos aos testes imunossorológicos foi realizada a pesquisa do RNA-HCV pelo método da reação de polimerização em cadeia (PCR). RESULTADOS: Observou-se um aumento significativo da prevalência de anti-HCV na amostra, quando comparada à população de doadores de sangue do HUCFF (6,6% versus 1,39% com o teste EIA, valor p=0,02 e intervalo de confiança 95%=5,5 a 13,8), contudo , considerando-se resultados obtidos com os testes confirmatórios imunoblot e PCR aplicados em série ( prevalência de HCV de 2,2%, com intervalo de confiança 95%=0,2 a 7,7) , a prevalência de HCV em pacientes com LES não parece mais alta que em doadores de sangue. CONCLUSÕES: A prevalência de hepatite C na amostra estudada utilizando-se um teste de triagem (EIA) foi significativamente maior do que a de uma população de doadores de sangue (6,6% versus 1,39%). Porém, aplicando-se em série os testes confirmatórios INNO-LIA<FONT FACE=Symbol>â</FONT> e PCR ( prevalência de hepatite C de 2,2%) parece não haver evidências de que pacientes com LES tenham maior risco de adquirir o HCV do que a população em geral, embora a prevalência tende a ser maior que a população de doadores de sangue. Em pacientes com diagnóstico provável de LES deve-se avaliar o custo/benefício de se investigar HCV e crioglobulinemia mista essencial (CME). |
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