Avaliação do papel do cirurgião no tratamento do Tumor de Wilms: análise de um estudo cooperativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schettini,S.T.
Data de Publicação: 1999
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301999000400010
Resumo: OBJETIVO: Detectar os efeitos do tratamento e estadiamento cirúrgicos nos resultados obtidos e verificar a possível relação entre tais resultados e o cumprimento das normas do protocolo cirúrgico preestabelecido (segundo as normas do NWTS). CASUÍSTICA E MÉTODO: A casuística é composta de 166 pacientes operados, registrados entre outubro de 1986 e dezembro de 1988, com dados atualizados até fevereiro de 1992. O período mínimo de acompanhamento foi de 24 meses para 147 pacientes e de três a 18 meses para 19 pacientes, sendo o período médio de acompanhamento de 36 meses. A todas as instituições que se integraram ao estudo cooperativo do GCBTTW foram fornecidos os protocolos, visando à uniformização dos procedimentos clínicos e cirúrgicos. RESULTADOS: Após submeter os dados obtidos à análise estatística, verificamos que: 1) Não existe interferência da ligadura prévia do pedículo nos resultados (recidivas e mortalidade); 2) A ruptura tumoral intra-operatória com contaminação da cavidade peritoneal interfere desfavoravelmente no índice de mortalidade. 3) Existe discordância significante entre a opinião do cirurgião e a análise histopatológica quanto à invasão da adrenal e da gordura peri-renal. 4) Os tumores com peso superior a 500g têm pior prognóstico. 5) O desempenho dos cirurgiões foi considerado inadequado em relação ao inventário ganglionar (56,6% dos pacientes não tiveram gânglios analisados), o que pode ter contribuído para: menor índice de recidivas nos pacientes com gânglios acometidos ; maior incidência de metástases pulmonares nos pacientes sem gânglios analisados; pacientes no Estádio II com melhor prognóstico em relação ao Estádio I, e pacientes em estádios I e III com índices de recidivas semelhantes.
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