Complexidade do regime terapêutico prescrito para idosos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Acurcio,Francisco de Assis
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Silva,Anderson Lourenço da, Ribeiro,Andréia Queiroz, Rocha,Natália Pessoa, SilveIra,Micheline Rosa, Klein,Carlos Henrique, Rozenfeld,Suely
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302009000400025
Resumo: OBJETIVO: Analisar fatores associados à complexidade do esquema terapêutico em prescrições de medicamentos para idosos, em Belo Horizonte (MG). MÉTODOS: Inquérito domiciliar, com idosos selecionados por amostragem aleatória simples, a partir do cadastro do INSS. O Índice de Complexidade Terapêutica (ICT), medida direta das ações necessárias para administrar o medicamento, foi obtido de informações contidas na última prescrição. Foram realizadas análises univariada e bivariada dos dados para identificar fatores associados ao ICT. RESULTADOS: Dos 667 entrevistados, 56,5% apresentaram prescrição que atendia aos critérios de inclusão. A maioria (69,2%) era do sexo feminino com idade média de 72,4 anos. 35,5% consideravam seu estado de saúde bom ou muito bom e 37,4% relataram cinco ou mais doenças. Nos 15 dias anteriores à entrevista, foram utilizados 1873 medicamentos (média=5,1), desses, 942 constavam nas prescrições analisadas (média=2,5). Para o mesmo período, 22,3% dos entrevistados deixaram de usar algum medicamento prescrito. O ICT encontrado variou de 1 a 24 (média=6,1). Número de medicamentos prescritos (>2), menor escolaridade, pior percepção de saúde e menor valor do benefício recebido foram associados positivamente à maior complexidade (p<0,05). Observou-se associação entre maior complexidade do regime e não uso de algum medicamento nos últimos 15 dias (p=0,034) CONCLUSÃO: Idosos com piores condições socioeconômicas e de saúde parecem mais propensos a receber esquemas terapêuticos mais complexos. Terapias mais complexas estão associadas ao menor cumprimento do tratamento proposto, sendo um importante aspecto a se considerar na atenção à saúde do idoso. A simplificação da terapia pode melhorar o autocuidado entre idosos.
id AMB-1_aa5d3f3c6c2256b0d14f0295cf118b35
oai_identifier_str oai:scielo:S0104-42302009000400025
network_acronym_str AMB-1
network_name_str Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
repository_id_str
spelling Complexidade do regime terapêutico prescrito para idososIdosoFarmacoepidemiologiaPrescrição de medicamentosAvaliação de medicamentosOBJETIVO: Analisar fatores associados à complexidade do esquema terapêutico em prescrições de medicamentos para idosos, em Belo Horizonte (MG). MÉTODOS: Inquérito domiciliar, com idosos selecionados por amostragem aleatória simples, a partir do cadastro do INSS. O Índice de Complexidade Terapêutica (ICT), medida direta das ações necessárias para administrar o medicamento, foi obtido de informações contidas na última prescrição. Foram realizadas análises univariada e bivariada dos dados para identificar fatores associados ao ICT. RESULTADOS: Dos 667 entrevistados, 56,5% apresentaram prescrição que atendia aos critérios de inclusão. A maioria (69,2%) era do sexo feminino com idade média de 72,4 anos. 35,5% consideravam seu estado de saúde bom ou muito bom e 37,4% relataram cinco ou mais doenças. Nos 15 dias anteriores à entrevista, foram utilizados 1873 medicamentos (média=5,1), desses, 942 constavam nas prescrições analisadas (média=2,5). Para o mesmo período, 22,3% dos entrevistados deixaram de usar algum medicamento prescrito. O ICT encontrado variou de 1 a 24 (média=6,1). Número de medicamentos prescritos (>2), menor escolaridade, pior percepção de saúde e menor valor do benefício recebido foram associados positivamente à maior complexidade (p<0,05). Observou-se associação entre maior complexidade do regime e não uso de algum medicamento nos últimos 15 dias (p=0,034) CONCLUSÃO: Idosos com piores condições socioeconômicas e de saúde parecem mais propensos a receber esquemas terapêuticos mais complexos. Terapias mais complexas estão associadas ao menor cumprimento do tratamento proposto, sendo um importante aspecto a se considerar na atenção à saúde do idoso. A simplificação da terapia pode melhorar o autocuidado entre idosos.Associação Médica Brasileira2009-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302009000400025Revista da Associação Médica Brasileira v.55 n.4 2009reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)instname:Associação Médica Brasileira (AMB)instacron:AMB10.1590/S0104-42302009000400025info:eu-repo/semantics/openAccessAcurcio,Francisco de AssisSilva,Anderson Lourenço daRibeiro,Andréia QueirozRocha,Natália PessoaSilveIra,Micheline RosaKlein,Carlos HenriqueRozenfeld,Suelypor2009-09-03T00:00:00Zoai:scielo:S0104-42302009000400025Revistahttps://ramb.amb.org.br/ultimas-edicoes/#https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||ramb@amb.org.br1806-92820104-4230opendoar:2009-09-03T00:00Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)false
dc.title.none.fl_str_mv Complexidade do regime terapêutico prescrito para idosos
title Complexidade do regime terapêutico prescrito para idosos
spellingShingle Complexidade do regime terapêutico prescrito para idosos
Acurcio,Francisco de Assis
Idoso
Farmacoepidemiologia
Prescrição de medicamentos
Avaliação de medicamentos
title_short Complexidade do regime terapêutico prescrito para idosos
title_full Complexidade do regime terapêutico prescrito para idosos
title_fullStr Complexidade do regime terapêutico prescrito para idosos
title_full_unstemmed Complexidade do regime terapêutico prescrito para idosos
title_sort Complexidade do regime terapêutico prescrito para idosos
author Acurcio,Francisco de Assis
author_facet Acurcio,Francisco de Assis
Silva,Anderson Lourenço da
Ribeiro,Andréia Queiroz
Rocha,Natália Pessoa
SilveIra,Micheline Rosa
Klein,Carlos Henrique
Rozenfeld,Suely
author_role author
author2 Silva,Anderson Lourenço da
Ribeiro,Andréia Queiroz
Rocha,Natália Pessoa
SilveIra,Micheline Rosa
Klein,Carlos Henrique
Rozenfeld,Suely
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Acurcio,Francisco de Assis
Silva,Anderson Lourenço da
Ribeiro,Andréia Queiroz
Rocha,Natália Pessoa
SilveIra,Micheline Rosa
Klein,Carlos Henrique
Rozenfeld,Suely
dc.subject.por.fl_str_mv Idoso
Farmacoepidemiologia
Prescrição de medicamentos
Avaliação de medicamentos
topic Idoso
Farmacoepidemiologia
Prescrição de medicamentos
Avaliação de medicamentos
description OBJETIVO: Analisar fatores associados à complexidade do esquema terapêutico em prescrições de medicamentos para idosos, em Belo Horizonte (MG). MÉTODOS: Inquérito domiciliar, com idosos selecionados por amostragem aleatória simples, a partir do cadastro do INSS. O Índice de Complexidade Terapêutica (ICT), medida direta das ações necessárias para administrar o medicamento, foi obtido de informações contidas na última prescrição. Foram realizadas análises univariada e bivariada dos dados para identificar fatores associados ao ICT. RESULTADOS: Dos 667 entrevistados, 56,5% apresentaram prescrição que atendia aos critérios de inclusão. A maioria (69,2%) era do sexo feminino com idade média de 72,4 anos. 35,5% consideravam seu estado de saúde bom ou muito bom e 37,4% relataram cinco ou mais doenças. Nos 15 dias anteriores à entrevista, foram utilizados 1873 medicamentos (média=5,1), desses, 942 constavam nas prescrições analisadas (média=2,5). Para o mesmo período, 22,3% dos entrevistados deixaram de usar algum medicamento prescrito. O ICT encontrado variou de 1 a 24 (média=6,1). Número de medicamentos prescritos (>2), menor escolaridade, pior percepção de saúde e menor valor do benefício recebido foram associados positivamente à maior complexidade (p<0,05). Observou-se associação entre maior complexidade do regime e não uso de algum medicamento nos últimos 15 dias (p=0,034) CONCLUSÃO: Idosos com piores condições socioeconômicas e de saúde parecem mais propensos a receber esquemas terapêuticos mais complexos. Terapias mais complexas estão associadas ao menor cumprimento do tratamento proposto, sendo um importante aspecto a se considerar na atenção à saúde do idoso. A simplificação da terapia pode melhorar o autocuidado entre idosos.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302009000400025
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302009000400025
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0104-42302009000400025
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação Médica Brasileira
publisher.none.fl_str_mv Associação Médica Brasileira
dc.source.none.fl_str_mv Revista da Associação Médica Brasileira v.55 n.4 2009
reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
instname:Associação Médica Brasileira (AMB)
instacron:AMB
instname_str Associação Médica Brasileira (AMB)
instacron_str AMB
institution AMB
reponame_str Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
collection Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)
repository.mail.fl_str_mv ||ramb@amb.org.br
_version_ 1754212828729835520