Quimioprevenção do câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira,Vilmar Marques de
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Aldrighi,José Mendes, Rinaldi,José Francisco
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302006000600028
Resumo: Quimioprevenção é definida como o uso de agentes químicos naturais ou sintéticos para reverter, suprimir ou prevenir a progressão carcinogênica para carcinoma invasor. Os fármacos que agem como agentes quimiopreventivos contra o câncer de mama são divididos em dois grupos principais: os que previnem cânceres de mama receptor de estrogênio (RE) positivos, como os moduladores seletivos do receptor de estrogênio (SERM), inibidores de aromatase, agonistas de GnRH e fitoestrogênios; e os fármacos que previnem os cânceres RE-negativos, como os inibidores da ciclooxigenase-2 (COX-2), retinóides, as estatinas, os inibidores do receptor tirosina quinase, o anticorpo monoclonal contra HER-2 e os inbidores da telomerase. Resultados do estudo conduzido pelo NSABP que comparou o tamoxifeno com o raloxifeno (STAR), avaliando a eficácia na redução de risco, assim como a toxicidade desses dois SERMs em uma população similar e de alto risco para câncer de mama, demonstrou que o raloxifeno é tão efetivo quanto o tamoxifeno na redução de risco de câncer de mama invasor (p=0,83) e apresentou menor risco de eventos tromboembólicos e catarata; todavia, exibiu maior risco de carcinoma não invasor, porém sem significância estatística. Baseado nos dados promissores que revelaram diminuição de risco de câncer de mama contralateral em estudos de adjuvância, alguns inibidores de aromatase, incluindo o letrozol, anastrazol e exemestane, estão sendo incorporados em investigações para avaliar sua eficácia como agentes preventivos de alto risco em mulheres. Os inibidores de COX-2 demonstraram sua eficácia na prevenção do câncer de mama em estudos caso-controle e coorte, sendo necessários estudos aleatórios para atestar sua eficácia. O resultado positivo de alguns ensaios clínicos na prevenção do câncer de mama em populações de alto risco sugere que a quimioprevenção é uma estratégia racional e atraente.
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