Laqueadura intraparto e de intervalo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes,Arlete Maria dos Santos
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Bedone,Aloísio José, Leme,Larissa Capochin Paes, Yamada,Elza Mitiko
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302006000500019
Resumo: O Brasil é um dos países com alta prevalência de laqueadura tubária, sendo freqüente sua realização durante o parto. Nos últimos anos, tem-se notado aumento da busca por reversão, principalmente entre mulheres jovens. OBJETIVOS: Estudar, em amostra de mulheres laqueadas, as características relacionadas ao procedimento, determinar a freqüência de execução intraparto, medir as taxas de satisfação e arrependimento com o método. MÉTODOS: Foram entrevistadas 335 mulheres laqueadas. As variáveis estudadas foram as relacionadas ao procedimento: idade na laqueadura, se intraparto (vaginal ou cesárea) ou de intervalo (fora do período de parto e puerpério), serviço no qual foi realizada, pagamento pelo procedimento, motivo declarado para a opção pelo método, e as relacionadas à satisfação/arrependimento: desejo de gravidez após esterilização, procura por tratamento e realização da cirurgia de reversão. As mulheres foram divididas em dois grupos, laqueadas intraparto e intervalo, avaliando-se associação das variáveis pelo teste Exato de Fisher e Qui-quadrado com correção de Yates. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética. RESULTADOS: Predominaram mulheres brancas, com mais de 35 anos, unidas, com baixa escolaridade e 43,5% esterilizadas antes dos 30 anos. Haviam realizado laqueadura intraparto 245 mulheres, 91,2% daquelas com parto cesárea e 44,6% com parto vaginal. Nos dois grupos, laqueadas intraparto e de intervalo, estavam satisfeitas com o método 82% e 80,8% das mulheres respectivamente. Apesar de 14,6% terem referido desejo de engravidar alguma vez após esterilização, consultaram por esterilidade 3,4% e 2,3%, respectivamente, e uma mulher submeteu-se à cirurgia de reversão. Os motivos mais freqüentes para a escolha do método foram a satisfação com a prole (35,5% e 46,7%) e a indicação médica (41,6% e 32,2%), respectivamente. CONCLUSÃO: A laqueadura intraparto foi maior quando o último parto foi cesárea. Não se detectou diferença nas taxas de satisfação e arrependimento após o procedimento entre os grupos.
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