Análise da coagulação sangüínea em pacientes submetidas à hiperestimulação ovariana para fertilização in vitro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MICHELON,JOÃO
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: PETRACCO,ALVARO, BRUXEL,DANIELA MARIA, MORETTO,MARCELO, BADALOTTI,MARIANGELA
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302002000400042
Resumo: OBJETIVO: Identificar alterações na coagulação sangüínea em mulheres submetidas à fertilização in vitro (FIV). MÉTODOS: Trata-se de um estudo prospectivo onde foram incluídas 15 pacientes submetidas à FIV. No período pré-ovulatório imediato, do ciclo menstrual precedente à FIV, foi coletada amostra sangüínea para coagulograma, com dosagem de Estradiol, Hemograma, Fibrinogênio, Tempo de Protrombina, Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada, Tempo de Coagulação e Plaquetas. Durante a hiperestimulação ovariana para FIV, nova amostra para coagulograma foi coletada no dia da aplicação da Gonadotrofina Coriônica Humana. Os dados referentes à análise das duas amostras foram avaliados usando teste estatístico Paired T-Test. RESULTADOS: O estudo comparativo das médias das amostras identificou aumento significativo nos níveis de fibrinogênio, 304,9 pg/ml na primeira amostra e 383,1 pg/ml na segunda (p=0,01), já os níveis de hematócrito tiveram um decréscimo significativo, com valores de 40,5% e 38,4%, respectivamente (p=0,0001). As demais provas de coagulação não apresentaram diferença significativa. As médias do estradiol foram significativamente diferentes, sendo 167pg/ml na primeira amostra e 1435pg/ml na segunda (p=0,0001). CONCLUSÕES: Os Dados refletem uma tendência a um estado de hipercoagüabilidade sangüínea, o que é esperado nas situações de hiperestrogenismo. Apesar da significância estatística nos níveis de fibrinogênio e hematócrito, esses resultados têm pouca expressão clínica, visto que os valores máximos das duas amostras permaneceram dentro dos limites da normalidade. A pesquisa sugere que, apesar do grande aumento nos níveis de estradiol e mudanças nas provas de coagulação, os programas de FIV mostram-se seguros quanto aos riscos tromboembólicos.
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