Lesões graves em vítimas de queda da própria altura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302010000600013 |
Resumo: | OBJETIVO: Avaliar as características das vítimas de queda da própria altura, principalmente a respeito da frequência de lesões graves, seu diagnóstico e tratamento. MÉTODOS: Estudo retrospectivo dos protocolos de trauma (coletados prospectivamente) de 10/06/2008 a 10/03/2009, incluindo as vítimas de trauma fechado com idade igual ou superior a 13 anos admitidas na sala de emergência. Consideraremos como "graves" as lesões com escore de AIS (Abbreviated Injury Scale) maior ou igual a três. As variáveis foram comparadas entre o grupo de vítimas de quedas da própria altura (Grupo I) e as demais vítimas de trauma fechado (Grupo II). Empregamos os testes T de Student, Qui quadrado e Fisher para a comparação entre os grupos, considerando o valor de p<0,05 como significante. RESULTADOS: Foram analisados 1993 casos de trauma fechado, sendo que 305 (15%) foram vítimas de quedas da própria altura (Grupo I). A média etária nas vítimas de quedas da própria altura foi 52,2 ± 20,9 anos, sendo 64,8% do sexo masculino. Noventa e oito (32,1%) tinham idade acima de 60 anos. No grupo I, as lesões em segmento cefálico foram as mais encontradas (62,2%), seguidas das lesões em extremidades (22,3%), torácicas (1,3%) e abdominais (0,7%). As lesões graves (AIS>3) foram mais frequentemente observadas em segmento cefálico (8,9%), seguidas pelas lesões em extremidades (4,9%). A craniotomia foi necessária em 2,3% das vítimas de quedas de própria altura. Observamos que, em comparação às vítimas de outros mecanismos de trauma fechado, as vítimas de quedas da própria altura apresentavam, significantemente (p<0,05), maior média etária, maior média de pressão arterial sistólica à admissão e maior média de AIS em segmento cefálico bem como menor média de ISS, de AIS em tórax, de AIS em abdome e AIS em extremidades. CONCLUSÃO: A valorização do mecanismo de trauma nas vítimas de quedas da própria altura é de extrema importância, visto a possibilidade de haver lesões graves e clinicamente ocultas, principalmente em segmento cefálico. |
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Lesões graves em vítimas de queda da própria alturaFerimentos e lesõesFerimentos não penetrantesÍndices de gravidade do traumaTraumatismos cranianos fechadosTraumatismos encefálicosAcidentes por quedasOBJETIVO: Avaliar as características das vítimas de queda da própria altura, principalmente a respeito da frequência de lesões graves, seu diagnóstico e tratamento. MÉTODOS: Estudo retrospectivo dos protocolos de trauma (coletados prospectivamente) de 10/06/2008 a 10/03/2009, incluindo as vítimas de trauma fechado com idade igual ou superior a 13 anos admitidas na sala de emergência. Consideraremos como "graves" as lesões com escore de AIS (Abbreviated Injury Scale) maior ou igual a três. As variáveis foram comparadas entre o grupo de vítimas de quedas da própria altura (Grupo I) e as demais vítimas de trauma fechado (Grupo II). Empregamos os testes T de Student, Qui quadrado e Fisher para a comparação entre os grupos, considerando o valor de p<0,05 como significante. RESULTADOS: Foram analisados 1993 casos de trauma fechado, sendo que 305 (15%) foram vítimas de quedas da própria altura (Grupo I). A média etária nas vítimas de quedas da própria altura foi 52,2 ± 20,9 anos, sendo 64,8% do sexo masculino. Noventa e oito (32,1%) tinham idade acima de 60 anos. No grupo I, as lesões em segmento cefálico foram as mais encontradas (62,2%), seguidas das lesões em extremidades (22,3%), torácicas (1,3%) e abdominais (0,7%). As lesões graves (AIS>3) foram mais frequentemente observadas em segmento cefálico (8,9%), seguidas pelas lesões em extremidades (4,9%). A craniotomia foi necessária em 2,3% das vítimas de quedas de própria altura. Observamos que, em comparação às vítimas de outros mecanismos de trauma fechado, as vítimas de quedas da própria altura apresentavam, significantemente (p<0,05), maior média etária, maior média de pressão arterial sistólica à admissão e maior média de AIS em segmento cefálico bem como menor média de ISS, de AIS em tórax, de AIS em abdome e AIS em extremidades. CONCLUSÃO: A valorização do mecanismo de trauma nas vítimas de quedas da própria altura é de extrema importância, visto a possibilidade de haver lesões graves e clinicamente ocultas, principalmente em segmento cefálico.Associação Médica Brasileira2010-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302010000600013Revista da Associação Médica Brasileira v.56 n.6 2010reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)instname:Associação Médica Brasileira (AMB)instacron:AMB10.1590/S0104-42302010000600013info:eu-repo/semantics/openAccessParreira,José GustavoVianna,André Mazzini FerreiraCardoso,Gabriel SilvaKarakhanian,Walter ZavemCalil,DanielaPerlingeiro,Jaqueline A. GianniniSoldá,Silvia C.Assef,José Cesarpor2011-01-26T00:00:00Zoai:scielo:S0104-42302010000600013Revistahttps://ramb.amb.org.br/ultimas-edicoes/#https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||ramb@amb.org.br1806-92820104-4230opendoar:2011-01-26T00:00Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)false |
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