Manejo do paciente no período perioperatório em neurocirurgia pediátrica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302012000300022 |
Resumo: | OBJETIVOS: Descrever as principais diferenças fisiopatológicas entre procedimentos neurocirúrgicos em crianças e adultos; as principais complicações e eventos adversos descritos em estudos publicados decorrentes de neurocirurgia pediátrica; as peculiaridades do manejo anestésico e intraoperatório das diversas doenças neurocirúrgicas; as complicações mais comuns específicas e seus manejos nos procedimentos mais frequentes em neurocirurgia pediátrica; e as causas e tratamento para as principais complicações gerais encontradas em crianças submetidas à neurocirurgia. MÉTODOS: Realizou-se revisão não sistemática da literatura nas bases de dados Pub-Med, EMBASE e SciELO utilizandose como palavras-chave pediatrics, children, neurosurgery, risk factors, intraoperative complications e postoperative period e seus correspondentes em português e espanhol de janeiro de 2001 a janeiro de 2011, além da utilização de referências bibliográficas importantes dos textos escolhidos em qualquer período de tempo. RESULTADOS: Os três procedimentos mais comuns realizados em crianças incluem correção de hidrocefalia, cranioestenoses e ressecção de tumores cerebrais. Complicações como febre, sangramentos, distúrbios metabólicos (hiponatremia e hiperglicemia), edema cerebral e déficits focais transitórios (como paresias e distúrbios de fala e deglutição) são frequentes, porém costumam evoluir com rápida melhora. Até 50% das crianças podem evoluir sem nenhuma complicação no período pós-operatório. Atenção especial deve ser dada à prevenção de infecções e convulsões no período pós-operatório, com terapêutica medicamentosa adequada para cada caso. CONCLUSÃO: A complexidade dos procedimentos neurocirúrgicos em crianças é crescente, e a observação e conhecimento das complicações dentro da unidade de terapia intensiva pediátrica são fundamentais. Antecipar as complicações de modo ao tratamento precoce e à profilaxia de eventos adversos em casos selecionados pode contribuir para a redução da morbimortalidade e aumento da segurança dos pacientes. |
id |
AMB-1_e39adadb4a47d3a5e0db554d11995753 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0104-42302012000300022 |
network_acronym_str |
AMB-1 |
network_name_str |
Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Manejo do paciente no período perioperatório em neurocirurgia pediátricaneurocirurgiapediatriafatores de riscomorbidadecuidados pós-operatóriosOBJETIVOS: Descrever as principais diferenças fisiopatológicas entre procedimentos neurocirúrgicos em crianças e adultos; as principais complicações e eventos adversos descritos em estudos publicados decorrentes de neurocirurgia pediátrica; as peculiaridades do manejo anestésico e intraoperatório das diversas doenças neurocirúrgicas; as complicações mais comuns específicas e seus manejos nos procedimentos mais frequentes em neurocirurgia pediátrica; e as causas e tratamento para as principais complicações gerais encontradas em crianças submetidas à neurocirurgia. MÉTODOS: Realizou-se revisão não sistemática da literatura nas bases de dados Pub-Med, EMBASE e SciELO utilizandose como palavras-chave pediatrics, children, neurosurgery, risk factors, intraoperative complications e postoperative period e seus correspondentes em português e espanhol de janeiro de 2001 a janeiro de 2011, além da utilização de referências bibliográficas importantes dos textos escolhidos em qualquer período de tempo. RESULTADOS: Os três procedimentos mais comuns realizados em crianças incluem correção de hidrocefalia, cranioestenoses e ressecção de tumores cerebrais. Complicações como febre, sangramentos, distúrbios metabólicos (hiponatremia e hiperglicemia), edema cerebral e déficits focais transitórios (como paresias e distúrbios de fala e deglutição) são frequentes, porém costumam evoluir com rápida melhora. Até 50% das crianças podem evoluir sem nenhuma complicação no período pós-operatório. Atenção especial deve ser dada à prevenção de infecções e convulsões no período pós-operatório, com terapêutica medicamentosa adequada para cada caso. CONCLUSÃO: A complexidade dos procedimentos neurocirúrgicos em crianças é crescente, e a observação e conhecimento das complicações dentro da unidade de terapia intensiva pediátrica são fundamentais. Antecipar as complicações de modo ao tratamento precoce e à profilaxia de eventos adversos em casos selecionados pode contribuir para a redução da morbimortalidade e aumento da segurança dos pacientes.Associação Médica Brasileira2012-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302012000300022Revista da Associação Médica Brasileira v.58 n.3 2012reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)instname:Associação Médica Brasileira (AMB)instacron:AMB10.1590/S0104-42302012000300022info:eu-repo/semantics/openAccessMekitarian Filho,EduardoCarvalho,Werther Brunow deCavalheiro,Sérgiopor2012-06-21T00:00:00Zoai:scielo:S0104-42302012000300022Revistahttps://ramb.amb.org.br/ultimas-edicoes/#https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||ramb@amb.org.br1806-92820104-4230opendoar:2012-06-21T00:00Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Manejo do paciente no período perioperatório em neurocirurgia pediátrica |
title |
Manejo do paciente no período perioperatório em neurocirurgia pediátrica |
spellingShingle |
Manejo do paciente no período perioperatório em neurocirurgia pediátrica Mekitarian Filho,Eduardo neurocirurgia pediatria fatores de risco morbidade cuidados pós-operatórios |
title_short |
Manejo do paciente no período perioperatório em neurocirurgia pediátrica |
title_full |
Manejo do paciente no período perioperatório em neurocirurgia pediátrica |
title_fullStr |
Manejo do paciente no período perioperatório em neurocirurgia pediátrica |
title_full_unstemmed |
Manejo do paciente no período perioperatório em neurocirurgia pediátrica |
title_sort |
Manejo do paciente no período perioperatório em neurocirurgia pediátrica |
author |
Mekitarian Filho,Eduardo |
author_facet |
Mekitarian Filho,Eduardo Carvalho,Werther Brunow de Cavalheiro,Sérgio |
author_role |
author |
author2 |
Carvalho,Werther Brunow de Cavalheiro,Sérgio |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mekitarian Filho,Eduardo Carvalho,Werther Brunow de Cavalheiro,Sérgio |
dc.subject.por.fl_str_mv |
neurocirurgia pediatria fatores de risco morbidade cuidados pós-operatórios |
topic |
neurocirurgia pediatria fatores de risco morbidade cuidados pós-operatórios |
description |
OBJETIVOS: Descrever as principais diferenças fisiopatológicas entre procedimentos neurocirúrgicos em crianças e adultos; as principais complicações e eventos adversos descritos em estudos publicados decorrentes de neurocirurgia pediátrica; as peculiaridades do manejo anestésico e intraoperatório das diversas doenças neurocirúrgicas; as complicações mais comuns específicas e seus manejos nos procedimentos mais frequentes em neurocirurgia pediátrica; e as causas e tratamento para as principais complicações gerais encontradas em crianças submetidas à neurocirurgia. MÉTODOS: Realizou-se revisão não sistemática da literatura nas bases de dados Pub-Med, EMBASE e SciELO utilizandose como palavras-chave pediatrics, children, neurosurgery, risk factors, intraoperative complications e postoperative period e seus correspondentes em português e espanhol de janeiro de 2001 a janeiro de 2011, além da utilização de referências bibliográficas importantes dos textos escolhidos em qualquer período de tempo. RESULTADOS: Os três procedimentos mais comuns realizados em crianças incluem correção de hidrocefalia, cranioestenoses e ressecção de tumores cerebrais. Complicações como febre, sangramentos, distúrbios metabólicos (hiponatremia e hiperglicemia), edema cerebral e déficits focais transitórios (como paresias e distúrbios de fala e deglutição) são frequentes, porém costumam evoluir com rápida melhora. Até 50% das crianças podem evoluir sem nenhuma complicação no período pós-operatório. Atenção especial deve ser dada à prevenção de infecções e convulsões no período pós-operatório, com terapêutica medicamentosa adequada para cada caso. CONCLUSÃO: A complexidade dos procedimentos neurocirúrgicos em crianças é crescente, e a observação e conhecimento das complicações dentro da unidade de terapia intensiva pediátrica são fundamentais. Antecipar as complicações de modo ao tratamento precoce e à profilaxia de eventos adversos em casos selecionados pode contribuir para a redução da morbimortalidade e aumento da segurança dos pacientes. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-06-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302012000300022 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302012000300022 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0104-42302012000300022 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Médica Brasileira |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Médica Brasileira |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista da Associação Médica Brasileira v.58 n.3 2012 reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online) instname:Associação Médica Brasileira (AMB) instacron:AMB |
instname_str |
Associação Médica Brasileira (AMB) |
instacron_str |
AMB |
institution |
AMB |
reponame_str |
Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
collection |
Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB) |
repository.mail.fl_str_mv |
||ramb@amb.org.br |
_version_ |
1754212830348836864 |