Mortalidade perinatal e neonatal no Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Miura,E.
Data de Publicação: 1997
Outros Autores: Failace,L.H., Fiori,H.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301997000100009
Resumo: OBJETIVO. Análise epidemiológica da mortalidade neonatal e perinatal de 20.280 crianças nascidas vivas com 500g ou mais e 374 natimortos ocorridas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de 1984 a 1990. PROPOSTA. Comparar dois períodos: A (1984-1987) com B (1988-1990), estabelecendo as mudanças ocorridas. MÉTODOS. É um estudo retrospectivo de revisão dos registros de nascimentos do centro obstétrico, internações e óbitos da unidade neonatal e mortes fetais e dos laudos de necrópsia. RESULTADOS. Faleceram 258 RN, com um coeficiente de mortalidade neonatal de 12,7 por mil. A taxa de natimortalidade foi de 18,4 por mil. O coeficiente de mortalidade perinatal foi de 28,4 por mil. A incidência de baixo peso ao nascer (<2.500g), de 11,2%, e a de muito baixo peso ao nascer (<1.500g) foi de 1,8%. Este último grupo aumentou sua incidência de 1,5% (A) para 2,2% (B). As causas mais freqüentes de morte neonatal foram: a) infecção intra-uterina (22,4%); b) doença de membrana hialina (20,1%); c) malformações múltiplas (18,2%); d) asfixia perinatal (15,5%); e) infecções pós-natais específicas (9,7%). As causas de morte fetal foram: a) asfixia (38,7%); b) infecções intra-uterinas (9%); c) toxemia (8,2%); d) malformações múltiplas (7,4%). No período B, foi significativo o aumento de óbitos por infecções pós-natais, OR 7 (1,9-30,6) e por malformações congênitas, OR 1,6 (0,8-3,2). Não houve redução significativa na taxa de mortalidade em menores de 1.500g OR 90 (61-118) em A para 54 (37-68) em B. CONCLUSÃO. Não houve redução nas taxas de mortalidade neonatal, apesar dos avanços tecnológicos e na capacitação técnica.
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