Transmissão materno-infantil do vírus da imunodeficiência humana: avaliação de medidas de controle no município de Santos
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Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302005000100021 |
Resumo: | OBJETIVOS: Estimar o risco da transmissão materno-infantil (TMI) do HIV no município de Santos e avaliar o efeito da introdução de medidas preventivas na transmissão vertical do HIV, tais como: utilização de AZT pela gestante, durante o pré-natal, trabalho de parto e parto, uso de AZT pelo recém-nascido; substituição do aleitamento natural pelo artificial e indicação de cesárea. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de coorte. Os dados foram coletados dos prontuários das gestantes e das crianças nos serviços de referência para o atendimento de pessoas vivendo com HIV/Aids. Para estimar o risco de transmissão materno-infantil do HIV, dividiu-se o número de mães cujos filhos adquiriram o vírus por transmissão vertical pelo número de mães incluídas no estudo. Para estimar o risco de TMI associado aos fatores investigados, calcularam-se os riscos relativos com intervalos de confiança de 95% (IC 95%), considerando a ocorrência de transmissão como variável dependente e os outros fatores (idade materna, realização de pré-natal, uso de AZT oral, uso de AZT xarope, idade gestacional e amamentação) como variáveis independentes. Para controlar o possível efeito confundidor de algumas variáveis, foi realizada análise estratificada pela técnica de Mantel-Haenszel. RESULTADOS: A ocorrência da TMI do HIV foi estabelecida em 144 crianças. Quatorze delas foram classificadas como infectadas; o risco de transmissão foi de 0,097 (IC 95%; 0,030-0,163). O risco de transmissão foi menor nas mulheres com menos de 30 anos de idade. Na análise univariada, o risco de transmissão materno-infantil do HIV esteve associado de modo estatisticamente significante com: idade materna, realização do pré-natal, uso de AZT oral, uso de AZT xarope, idade gestacional (Capurro) e amamentação. CONCLUSÃO: O presente trabalho mostrou que a implantação de medidas preventivas tem importância na prevenção da transmissão do HIV mãe-filho, com redução de quase 40% no risco desta transmissão comparada à encontrada anteriormente sem a utilização de medidas preventivas. |
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