Alimentação precoce após anastomoses intestinais: riscos ou benefícios?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: AGUILAR-NASCIMENTO,JOSÉ EDUARDO DE
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: GÖELZER,JÚLIO
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302002000400043
Resumo: OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi o de avaliar os resultados imediatos da realimentação precoce por via oral em pacientes submetidos a anastomoses intestinais. MÉTODOS: Estudo prospectivo envolvendo 43 pacientes submetidos a operações eletivas envolvendo anastomoses intestinais. Foram randomizados para dois grupos: grupo precoce (N=23) com a alimentação recomeçada após 24 horas da operação; e grupo convencional (N=20) cuja realimentação obedeceu aos critérios convencionais. Os dois grupos foram estatisticamente semelhantes com relação ao gênero, idade, estado nutricional, porte e duração da operação, local e tipo de anastomose, tipo de anestesia e uso de morfina. RESULTADOS: Três pacientes (13%) do grupo precoce e dois (10%) do grupo convencional apresentaram vômitos, obrigando a passagem de sonda naso-gástrica (P>0.05). Três pacientes (7,3%) faleceram no pós-operatório sendo dois (10%) no grupo com realimentação precoce e um (5%) no grupo convencional (P>0.05). Não houve diferença em relação a morbidade. Ocorreram quatro deiscências de anastomose sendo duas no grupo precoce (8,7%) e duas (10%) no grupo convencional (P>0.05). Eliminação de flatos foi relatada mais rapidamente (P=0.01) no grupo precoce (35±13 horas) que no grupo convencional (44±12 horas). A permanência hospitalar foi semelhante nos dois grupos (convencional = 12 [6-36] dias versus precoce = 10 [5-29] dias; P>0.05). CONCLUSÕES: A alimentação por via oral no primeiro dia de pós-operatório de pacientes com anastomoses intestinais é segura, não se relaciona com deiscência de anastomose e ainda determina um período de íleo paralítico menor.
id AMB-1_fcddbbc744d1670951649812564ee43b
oai_identifier_str oai:scielo:S0104-42302002000400043
network_acronym_str AMB-1
network_name_str Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
repository_id_str
spelling Alimentação precoce após anastomoses intestinais: riscos ou benefícios?NutriçãoCólonCirurgiaAnastomose intestinalOBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi o de avaliar os resultados imediatos da realimentação precoce por via oral em pacientes submetidos a anastomoses intestinais. MÉTODOS: Estudo prospectivo envolvendo 43 pacientes submetidos a operações eletivas envolvendo anastomoses intestinais. Foram randomizados para dois grupos: grupo precoce (N=23) com a alimentação recomeçada após 24 horas da operação; e grupo convencional (N=20) cuja realimentação obedeceu aos critérios convencionais. Os dois grupos foram estatisticamente semelhantes com relação ao gênero, idade, estado nutricional, porte e duração da operação, local e tipo de anastomose, tipo de anestesia e uso de morfina. RESULTADOS: Três pacientes (13%) do grupo precoce e dois (10%) do grupo convencional apresentaram vômitos, obrigando a passagem de sonda naso-gástrica (P>0.05). Três pacientes (7,3%) faleceram no pós-operatório sendo dois (10%) no grupo com realimentação precoce e um (5%) no grupo convencional (P>0.05). Não houve diferença em relação a morbidade. Ocorreram quatro deiscências de anastomose sendo duas no grupo precoce (8,7%) e duas (10%) no grupo convencional (P>0.05). Eliminação de flatos foi relatada mais rapidamente (P=0.01) no grupo precoce (35±13 horas) que no grupo convencional (44±12 horas). A permanência hospitalar foi semelhante nos dois grupos (convencional = 12 [6-36] dias versus precoce = 10 [5-29] dias; P>0.05). CONCLUSÕES: A alimentação por via oral no primeiro dia de pós-operatório de pacientes com anastomoses intestinais é segura, não se relaciona com deiscência de anastomose e ainda determina um período de íleo paralítico menor.Associação Médica Brasileira2002-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302002000400043Revista da Associação Médica Brasileira v.48 n.4 2002reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)instname:Associação Médica Brasileira (AMB)instacron:AMB10.1590/S0104-42302002000400043info:eu-repo/semantics/openAccessAGUILAR-NASCIMENTO,JOSÉ EDUARDO DEGÖELZER,JÚLIOpor2008-08-13T00:00:00Zoai:scielo:S0104-42302002000400043Revistahttps://ramb.amb.org.br/ultimas-edicoes/#https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||ramb@amb.org.br1806-92820104-4230opendoar:2008-08-13T00:00Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)false
dc.title.none.fl_str_mv Alimentação precoce após anastomoses intestinais: riscos ou benefícios?
title Alimentação precoce após anastomoses intestinais: riscos ou benefícios?
spellingShingle Alimentação precoce após anastomoses intestinais: riscos ou benefícios?
AGUILAR-NASCIMENTO,JOSÉ EDUARDO DE
Nutrição
Cólon
Cirurgia
Anastomose intestinal
title_short Alimentação precoce após anastomoses intestinais: riscos ou benefícios?
title_full Alimentação precoce após anastomoses intestinais: riscos ou benefícios?
title_fullStr Alimentação precoce após anastomoses intestinais: riscos ou benefícios?
title_full_unstemmed Alimentação precoce após anastomoses intestinais: riscos ou benefícios?
title_sort Alimentação precoce após anastomoses intestinais: riscos ou benefícios?
author AGUILAR-NASCIMENTO,JOSÉ EDUARDO DE
author_facet AGUILAR-NASCIMENTO,JOSÉ EDUARDO DE
GÖELZER,JÚLIO
author_role author
author2 GÖELZER,JÚLIO
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv AGUILAR-NASCIMENTO,JOSÉ EDUARDO DE
GÖELZER,JÚLIO
dc.subject.por.fl_str_mv Nutrição
Cólon
Cirurgia
Anastomose intestinal
topic Nutrição
Cólon
Cirurgia
Anastomose intestinal
description OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi o de avaliar os resultados imediatos da realimentação precoce por via oral em pacientes submetidos a anastomoses intestinais. MÉTODOS: Estudo prospectivo envolvendo 43 pacientes submetidos a operações eletivas envolvendo anastomoses intestinais. Foram randomizados para dois grupos: grupo precoce (N=23) com a alimentação recomeçada após 24 horas da operação; e grupo convencional (N=20) cuja realimentação obedeceu aos critérios convencionais. Os dois grupos foram estatisticamente semelhantes com relação ao gênero, idade, estado nutricional, porte e duração da operação, local e tipo de anastomose, tipo de anestesia e uso de morfina. RESULTADOS: Três pacientes (13%) do grupo precoce e dois (10%) do grupo convencional apresentaram vômitos, obrigando a passagem de sonda naso-gástrica (P>0.05). Três pacientes (7,3%) faleceram no pós-operatório sendo dois (10%) no grupo com realimentação precoce e um (5%) no grupo convencional (P>0.05). Não houve diferença em relação a morbidade. Ocorreram quatro deiscências de anastomose sendo duas no grupo precoce (8,7%) e duas (10%) no grupo convencional (P>0.05). Eliminação de flatos foi relatada mais rapidamente (P=0.01) no grupo precoce (35±13 horas) que no grupo convencional (44±12 horas). A permanência hospitalar foi semelhante nos dois grupos (convencional = 12 [6-36] dias versus precoce = 10 [5-29] dias; P>0.05). CONCLUSÕES: A alimentação por via oral no primeiro dia de pós-operatório de pacientes com anastomoses intestinais é segura, não se relaciona com deiscência de anastomose e ainda determina um período de íleo paralítico menor.
publishDate 2002
dc.date.none.fl_str_mv 2002-12-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302002000400043
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302002000400043
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0104-42302002000400043
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação Médica Brasileira
publisher.none.fl_str_mv Associação Médica Brasileira
dc.source.none.fl_str_mv Revista da Associação Médica Brasileira v.48 n.4 2002
reponame:Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
instname:Associação Médica Brasileira (AMB)
instacron:AMB
instname_str Associação Médica Brasileira (AMB)
instacron_str AMB
institution AMB
reponame_str Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
collection Revista da Associação Médica Brasileira (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista da Associação Médica Brasileira (Online) - Associação Médica Brasileira (AMB)
repository.mail.fl_str_mv ||ramb@amb.org.br
_version_ 1754212825826328576