Alimentação precoce após anastomoses intestinais: riscos ou benefícios?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Associação Médica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302002000400043 |
Resumo: | OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi o de avaliar os resultados imediatos da realimentação precoce por via oral em pacientes submetidos a anastomoses intestinais. MÉTODOS: Estudo prospectivo envolvendo 43 pacientes submetidos a operações eletivas envolvendo anastomoses intestinais. Foram randomizados para dois grupos: grupo precoce (N=23) com a alimentação recomeçada após 24 horas da operação; e grupo convencional (N=20) cuja realimentação obedeceu aos critérios convencionais. Os dois grupos foram estatisticamente semelhantes com relação ao gênero, idade, estado nutricional, porte e duração da operação, local e tipo de anastomose, tipo de anestesia e uso de morfina. RESULTADOS: Três pacientes (13%) do grupo precoce e dois (10%) do grupo convencional apresentaram vômitos, obrigando a passagem de sonda naso-gástrica (P>0.05). Três pacientes (7,3%) faleceram no pós-operatório sendo dois (10%) no grupo com realimentação precoce e um (5%) no grupo convencional (P>0.05). Não houve diferença em relação a morbidade. Ocorreram quatro deiscências de anastomose sendo duas no grupo precoce (8,7%) e duas (10%) no grupo convencional (P>0.05). Eliminação de flatos foi relatada mais rapidamente (P=0.01) no grupo precoce (35±13 horas) que no grupo convencional (44±12 horas). A permanência hospitalar foi semelhante nos dois grupos (convencional = 12 [6-36] dias versus precoce = 10 [5-29] dias; P>0.05). CONCLUSÕES: A alimentação por via oral no primeiro dia de pós-operatório de pacientes com anastomoses intestinais é segura, não se relaciona com deiscência de anastomose e ainda determina um período de íleo paralítico menor. |
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