Etiologia da hiperglicemia em crianças críticas e o impacto da disfunção de órgãos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2018000300286 |
Resumo: | RESUMO Objetivo: Verificar a incidência da hiperglicemia de estresse em crianças em condição grave e investigar a etiologia da hiperglicemia com base em um modelo de avaliação da homeostasia. Métodos: Estudo prospectivo de coorte, conduzido em uma unidade de terapia intensiva pediátrica da Cairo University, que incluiu 60 crianças com doença grave e 21 controles saudáveis. Utilizaram-se os níveis séricos de glicose, insulina e peptídeo C, avaliados em até 24 horas após a admissão. O modelo de avaliação da homeostasia foi utilizado para analisar a função das células beta e a sensibilidade à insulina. Resultados: A hiperglicemia foi estimada em 70% dos pacientes. Valores de glicemia ≥ 180mg/dL se associaram com desfechos piores. Os níveis de glicemia se correlacionaram de forma positiva com o Pediatric Risk for Mortality (PRISM III) e o número de órgãos com disfunção (p = 0,019 e p = 0,022, respectivamente), enquanto os níveis de insulina se correlacionaram de forma negativa com o número de órgãos com disfunção (r = -0,33; p = 0,01). O modelo de avaliação da homeostasia revelou que 26 (43,3%) das crianças em condições graves tinham baixa função de células beta e 18 (30%) baixa sensibilidade à insulina. Detectou-se patologia combinada em apenas dois (3,3%) pacientes. Baixa função de células beta se associou de forma significante com a presença de disfunção de múltiplos órgãos, disfunção respiratória, cardiovascular e hematológica, e presença de sepse. Conclusões: A disfunção de células beta pareceu ser prevalente em nossa coorte e se associou com disfunção de múltiplos órgãos. |
id |
AMIB-1_1361dca80d6c398cf9b4ff7748966d6c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0103-507X2018000300286 |
network_acronym_str |
AMIB-1 |
network_name_str |
Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Etiologia da hiperglicemia em crianças críticas e o impacto da disfunção de órgãosHiperglicemia/etiologiaCriançaEstado terminalHomeostaseResistência a insulinaRESUMO Objetivo: Verificar a incidência da hiperglicemia de estresse em crianças em condição grave e investigar a etiologia da hiperglicemia com base em um modelo de avaliação da homeostasia. Métodos: Estudo prospectivo de coorte, conduzido em uma unidade de terapia intensiva pediátrica da Cairo University, que incluiu 60 crianças com doença grave e 21 controles saudáveis. Utilizaram-se os níveis séricos de glicose, insulina e peptídeo C, avaliados em até 24 horas após a admissão. O modelo de avaliação da homeostasia foi utilizado para analisar a função das células beta e a sensibilidade à insulina. Resultados: A hiperglicemia foi estimada em 70% dos pacientes. Valores de glicemia ≥ 180mg/dL se associaram com desfechos piores. Os níveis de glicemia se correlacionaram de forma positiva com o Pediatric Risk for Mortality (PRISM III) e o número de órgãos com disfunção (p = 0,019 e p = 0,022, respectivamente), enquanto os níveis de insulina se correlacionaram de forma negativa com o número de órgãos com disfunção (r = -0,33; p = 0,01). O modelo de avaliação da homeostasia revelou que 26 (43,3%) das crianças em condições graves tinham baixa função de células beta e 18 (30%) baixa sensibilidade à insulina. Detectou-se patologia combinada em apenas dois (3,3%) pacientes. Baixa função de células beta se associou de forma significante com a presença de disfunção de múltiplos órgãos, disfunção respiratória, cardiovascular e hematológica, e presença de sepse. Conclusões: A disfunção de células beta pareceu ser prevalente em nossa coorte e se associou com disfunção de múltiplos órgãos.Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB2018-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2018000300286Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.30 n.3 2018reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)instacron:AMIB10.5935/0103-507x.20180051info:eu-repo/semantics/openAccessEl-Sherbini,Seham AwadMarzouk,HudaEl-Sayed,RihamHosam-ElDin,Sarahpor2018-10-08T00:00:00Zoai:scielo:S0103-507X2018000300286Revistahttp://www.scielo.br/rbtihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdiretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br1982-43350103-507Xopendoar:2018-10-08T00:00Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Etiologia da hiperglicemia em crianças críticas e o impacto da disfunção de órgãos |
title |
Etiologia da hiperglicemia em crianças críticas e o impacto da disfunção de órgãos |
spellingShingle |
Etiologia da hiperglicemia em crianças críticas e o impacto da disfunção de órgãos El-Sherbini,Seham Awad Hiperglicemia/etiologia Criança Estado terminal Homeostase Resistência a insulina |
title_short |
Etiologia da hiperglicemia em crianças críticas e o impacto da disfunção de órgãos |
title_full |
Etiologia da hiperglicemia em crianças críticas e o impacto da disfunção de órgãos |
title_fullStr |
Etiologia da hiperglicemia em crianças críticas e o impacto da disfunção de órgãos |
title_full_unstemmed |
Etiologia da hiperglicemia em crianças críticas e o impacto da disfunção de órgãos |
title_sort |
Etiologia da hiperglicemia em crianças críticas e o impacto da disfunção de órgãos |
author |
El-Sherbini,Seham Awad |
author_facet |
El-Sherbini,Seham Awad Marzouk,Huda El-Sayed,Riham Hosam-ElDin,Sarah |
author_role |
author |
author2 |
Marzouk,Huda El-Sayed,Riham Hosam-ElDin,Sarah |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
El-Sherbini,Seham Awad Marzouk,Huda El-Sayed,Riham Hosam-ElDin,Sarah |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Hiperglicemia/etiologia Criança Estado terminal Homeostase Resistência a insulina |
topic |
Hiperglicemia/etiologia Criança Estado terminal Homeostase Resistência a insulina |
description |
RESUMO Objetivo: Verificar a incidência da hiperglicemia de estresse em crianças em condição grave e investigar a etiologia da hiperglicemia com base em um modelo de avaliação da homeostasia. Métodos: Estudo prospectivo de coorte, conduzido em uma unidade de terapia intensiva pediátrica da Cairo University, que incluiu 60 crianças com doença grave e 21 controles saudáveis. Utilizaram-se os níveis séricos de glicose, insulina e peptídeo C, avaliados em até 24 horas após a admissão. O modelo de avaliação da homeostasia foi utilizado para analisar a função das células beta e a sensibilidade à insulina. Resultados: A hiperglicemia foi estimada em 70% dos pacientes. Valores de glicemia ≥ 180mg/dL se associaram com desfechos piores. Os níveis de glicemia se correlacionaram de forma positiva com o Pediatric Risk for Mortality (PRISM III) e o número de órgãos com disfunção (p = 0,019 e p = 0,022, respectivamente), enquanto os níveis de insulina se correlacionaram de forma negativa com o número de órgãos com disfunção (r = -0,33; p = 0,01). O modelo de avaliação da homeostasia revelou que 26 (43,3%) das crianças em condições graves tinham baixa função de células beta e 18 (30%) baixa sensibilidade à insulina. Detectou-se patologia combinada em apenas dois (3,3%) pacientes. Baixa função de células beta se associou de forma significante com a presença de disfunção de múltiplos órgãos, disfunção respiratória, cardiovascular e hematológica, e presença de sepse. Conclusões: A disfunção de células beta pareceu ser prevalente em nossa coorte e se associou com disfunção de múltiplos órgãos. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-09-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2018000300286 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2018000300286 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.5935/0103-507x.20180051 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.30 n.3 2018 reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online) instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) instacron:AMIB |
instname_str |
Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) |
instacron_str |
AMIB |
institution |
AMIB |
reponame_str |
Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
collection |
Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) |
repository.mail.fl_str_mv |
diretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br |
_version_ |
1754212864265027584 |