Condutas de limitação terapêutica em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bitencourt,Almir Galvão Vieira
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Dantas,Maira Pereira, Neves,Flávia Branco Cerqueira Serra, Almeida,Alessandro de Moura, Melo,Rodrigo Morel Vieira de, Albuquerque,Ligia Carvalho, Godinho,Tiana Mascarenhas, Agareno,Sydney, Teles,José Mário M., Farias,Augusto M. C., Messeder,Otavio H.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2007000200001
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Atualmente, há uma tendência crescente de se buscar o "morrer com dignidade", mais do que prolongar inutilmente o sofrimento de pacientes terminais em unidades de terapia intensiva (UTI). O objetivo deste estudo foi avaliar a utilização de condutas que sugerem limitação terapêutica (LT) em pacientes que foram a óbito em UTI Adulto. MÉTODO: Trata-se de um estudo exploratório, retrospectivo, que avaliou prontuários médicos de pacientes que foram a óbito na UTI geral de um hospital privado de Salvador-BA, entre janeiro e agosto de 2003, com internação superior a 24 horas na unidade. Os pacientes foram classificados, em relação ao óbito, em "não resposta a medidas de reanimação", "morte encefálica", "decisão de não reanimar" (DNR), "não adoção ou retirada de medidas de suporte de vida", sendo estas duas últimas consideradas medidas sugestivas de limitação terapêutica. RESULTADOS: Foram incluídos dados referentes a 67 pacientes, correspondendo a 90,4% dos pacientes falecidos na unidade durante o período. Destes, 56,7% eram mulheres e a idade média dos pacientes foi de 66,58 ± 17,86 anos. Medidas sugestivas de LT foram encontradas em 59,7% dos pacientes, sendo a mais importante "não adoção de medidas de suporte" (35,8%), seguida de DNR (17,9%) e "retirada de medidas de suporte" (6%). A utilização de fármacos vasoativos e métodos dialíticos foram as medidas de suporte mais omitidas, enquanto antibioticoterapia foi a mais retirada. A utilização de medidas de LT foi mais freqüente nos pacientes clínicos. CONCLUSÕES: Os dados do presente estudo sugerem altas freqüências de condutas médicas sugestivas de LT em UTI geral no Nordeste do Brasil. Métodos terapêuticos que possam causar desconforto ou sofrimento aos pacientes terminais, como nutrição, sedação e analgesia, raramente foram omitidos ou retirados.
id AMIB-1_2ae8b1fc74760ec8ce6dbf8785fb654a
oai_identifier_str oai:scielo:S0103-507X2007000200001
network_acronym_str AMIB-1
network_name_str Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
repository_id_str
spelling Condutas de limitação terapêutica em pacientes internados em Unidade de Terapia IntensivaCuidados IntensivosÉtica MédicaFutilidade MédicaInterrupção do TratamentoOrdens de não ReanimarJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Atualmente, há uma tendência crescente de se buscar o "morrer com dignidade", mais do que prolongar inutilmente o sofrimento de pacientes terminais em unidades de terapia intensiva (UTI). O objetivo deste estudo foi avaliar a utilização de condutas que sugerem limitação terapêutica (LT) em pacientes que foram a óbito em UTI Adulto. MÉTODO: Trata-se de um estudo exploratório, retrospectivo, que avaliou prontuários médicos de pacientes que foram a óbito na UTI geral de um hospital privado de Salvador-BA, entre janeiro e agosto de 2003, com internação superior a 24 horas na unidade. Os pacientes foram classificados, em relação ao óbito, em "não resposta a medidas de reanimação", "morte encefálica", "decisão de não reanimar" (DNR), "não adoção ou retirada de medidas de suporte de vida", sendo estas duas últimas consideradas medidas sugestivas de limitação terapêutica. RESULTADOS: Foram incluídos dados referentes a 67 pacientes, correspondendo a 90,4% dos pacientes falecidos na unidade durante o período. Destes, 56,7% eram mulheres e a idade média dos pacientes foi de 66,58 ± 17,86 anos. Medidas sugestivas de LT foram encontradas em 59,7% dos pacientes, sendo a mais importante "não adoção de medidas de suporte" (35,8%), seguida de DNR (17,9%) e "retirada de medidas de suporte" (6%). A utilização de fármacos vasoativos e métodos dialíticos foram as medidas de suporte mais omitidas, enquanto antibioticoterapia foi a mais retirada. A utilização de medidas de LT foi mais freqüente nos pacientes clínicos. CONCLUSÕES: Os dados do presente estudo sugerem altas freqüências de condutas médicas sugestivas de LT em UTI geral no Nordeste do Brasil. Métodos terapêuticos que possam causar desconforto ou sofrimento aos pacientes terminais, como nutrição, sedação e analgesia, raramente foram omitidos ou retirados.Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB2007-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2007000200001Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.19 n.2 2007reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)instacron:AMIB10.1590/S0103-507X2007000200001info:eu-repo/semantics/openAccessBitencourt,Almir Galvão VieiraDantas,Maira PereiraNeves,Flávia Branco Cerqueira SerraAlmeida,Alessandro de MouraMelo,Rodrigo Morel Vieira deAlbuquerque,Ligia CarvalhoGodinho,Tiana MascarenhasAgareno,SydneyTeles,José Mário M.Farias,Augusto M. C.Messeder,Otavio H.por2007-10-29T00:00:00Zoai:scielo:S0103-507X2007000200001Revistahttp://www.scielo.br/rbtihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdiretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br1982-43350103-507Xopendoar:2007-10-29T00:00Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)false
dc.title.none.fl_str_mv Condutas de limitação terapêutica em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva
title Condutas de limitação terapêutica em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva
spellingShingle Condutas de limitação terapêutica em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva
Bitencourt,Almir Galvão Vieira
Cuidados Intensivos
Ética Médica
Futilidade Médica
Interrupção do Tratamento
Ordens de não Reanimar
title_short Condutas de limitação terapêutica em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva
title_full Condutas de limitação terapêutica em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva
title_fullStr Condutas de limitação terapêutica em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva
title_full_unstemmed Condutas de limitação terapêutica em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva
title_sort Condutas de limitação terapêutica em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva
author Bitencourt,Almir Galvão Vieira
author_facet Bitencourt,Almir Galvão Vieira
Dantas,Maira Pereira
Neves,Flávia Branco Cerqueira Serra
Almeida,Alessandro de Moura
Melo,Rodrigo Morel Vieira de
Albuquerque,Ligia Carvalho
Godinho,Tiana Mascarenhas
Agareno,Sydney
Teles,José Mário M.
Farias,Augusto M. C.
Messeder,Otavio H.
author_role author
author2 Dantas,Maira Pereira
Neves,Flávia Branco Cerqueira Serra
Almeida,Alessandro de Moura
Melo,Rodrigo Morel Vieira de
Albuquerque,Ligia Carvalho
Godinho,Tiana Mascarenhas
Agareno,Sydney
Teles,José Mário M.
Farias,Augusto M. C.
Messeder,Otavio H.
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Bitencourt,Almir Galvão Vieira
Dantas,Maira Pereira
Neves,Flávia Branco Cerqueira Serra
Almeida,Alessandro de Moura
Melo,Rodrigo Morel Vieira de
Albuquerque,Ligia Carvalho
Godinho,Tiana Mascarenhas
Agareno,Sydney
Teles,José Mário M.
Farias,Augusto M. C.
Messeder,Otavio H.
dc.subject.por.fl_str_mv Cuidados Intensivos
Ética Médica
Futilidade Médica
Interrupção do Tratamento
Ordens de não Reanimar
topic Cuidados Intensivos
Ética Médica
Futilidade Médica
Interrupção do Tratamento
Ordens de não Reanimar
description JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Atualmente, há uma tendência crescente de se buscar o "morrer com dignidade", mais do que prolongar inutilmente o sofrimento de pacientes terminais em unidades de terapia intensiva (UTI). O objetivo deste estudo foi avaliar a utilização de condutas que sugerem limitação terapêutica (LT) em pacientes que foram a óbito em UTI Adulto. MÉTODO: Trata-se de um estudo exploratório, retrospectivo, que avaliou prontuários médicos de pacientes que foram a óbito na UTI geral de um hospital privado de Salvador-BA, entre janeiro e agosto de 2003, com internação superior a 24 horas na unidade. Os pacientes foram classificados, em relação ao óbito, em "não resposta a medidas de reanimação", "morte encefálica", "decisão de não reanimar" (DNR), "não adoção ou retirada de medidas de suporte de vida", sendo estas duas últimas consideradas medidas sugestivas de limitação terapêutica. RESULTADOS: Foram incluídos dados referentes a 67 pacientes, correspondendo a 90,4% dos pacientes falecidos na unidade durante o período. Destes, 56,7% eram mulheres e a idade média dos pacientes foi de 66,58 ± 17,86 anos. Medidas sugestivas de LT foram encontradas em 59,7% dos pacientes, sendo a mais importante "não adoção de medidas de suporte" (35,8%), seguida de DNR (17,9%) e "retirada de medidas de suporte" (6%). A utilização de fármacos vasoativos e métodos dialíticos foram as medidas de suporte mais omitidas, enquanto antibioticoterapia foi a mais retirada. A utilização de medidas de LT foi mais freqüente nos pacientes clínicos. CONCLUSÕES: Os dados do presente estudo sugerem altas freqüências de condutas médicas sugestivas de LT em UTI geral no Nordeste do Brasil. Métodos terapêuticos que possam causar desconforto ou sofrimento aos pacientes terminais, como nutrição, sedação e analgesia, raramente foram omitidos ou retirados.
publishDate 2007
dc.date.none.fl_str_mv 2007-06-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2007000200001
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2007000200001
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0103-507X2007000200001
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
publisher.none.fl_str_mv Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.19 n.2 2007
reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
instacron:AMIB
instname_str Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
instacron_str AMIB
institution AMIB
reponame_str Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
collection Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
repository.mail.fl_str_mv diretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br
_version_ 1754212856157437952