Desfechos psicológicos em longo prazo após alta da terapia intensiva
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2018000100028 |
Resumo: | RESUMO Objetivo: Investigar o desfecho psicológico em longo prazo em sobreviventes de doenças críticas, após alta da unidade de terapia intensiva. Métodos: Avaliou-se coorte prospectiva de pacientes sobreviventes após admissão a uma unidade de terapia intensiva mista entre janeiro e setembro de 2010, 6 meses e 5 anos após a alta hospitalar. Aplicaram-se em todos os momentos as seguintes escalas: Dementia Rating Scale-2, Hospital Anxiety and Depression Scale, Post-Traumatic Stress Syndrome 14-Questions Inventory, Euro Quality of Life 5 Dimensions (EQ-5-D) e Visual Analogue Scale (EQ VAS). Resultados: Dentre 267 pacientes, 25 foram avaliados após 6 meses (idade: 62 ± 16 anos). Aos 6 meses, 48% apresentavam comprometimento cognitivo; 24% ansiedade, 16% depressão e 16% transtorno de estresse pós-traumático. Foram reavaliados 5 anos após a alta 17 pacientes, com idade: 65 ± 15 anos. Dentre eles, a frequência de comprometimento cognitivo caiu de 47% para 18% (p = 0,063), em razão da melhora destes pacientes ao longo do tempo e do não surgimento desta condição em outros pacientes após a alta. Ainda após 5 anos, apenas 12% da amostra relatou ansiedade, e nenhum tinha depressão ou transtorno de estresse pós-traumático. Não se encontraram diferenças em termos das escalas EQ-5-D e EQ VAS entre as avaliações após 6 meses e 5 anos. Conclusão: Os sobreviventes não apresentaram declínio progressivo da função cognitiva ou da qualidade de vida dentro de 5 anos após a alta da unidade de terapia intensiva. Os sintomas psicopatológicos tenderam a diminuir com o tempo. |
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Desfechos psicológicos em longo prazo após alta da terapia intensivaDisfunção cognitivaAlta do pacienteQualidade de vidaAnsiedadeDepressãoTranstornos de estresse pós-traumáticosUnidades de terapia intensivaRESUMO Objetivo: Investigar o desfecho psicológico em longo prazo em sobreviventes de doenças críticas, após alta da unidade de terapia intensiva. Métodos: Avaliou-se coorte prospectiva de pacientes sobreviventes após admissão a uma unidade de terapia intensiva mista entre janeiro e setembro de 2010, 6 meses e 5 anos após a alta hospitalar. Aplicaram-se em todos os momentos as seguintes escalas: Dementia Rating Scale-2, Hospital Anxiety and Depression Scale, Post-Traumatic Stress Syndrome 14-Questions Inventory, Euro Quality of Life 5 Dimensions (EQ-5-D) e Visual Analogue Scale (EQ VAS). Resultados: Dentre 267 pacientes, 25 foram avaliados após 6 meses (idade: 62 ± 16 anos). Aos 6 meses, 48% apresentavam comprometimento cognitivo; 24% ansiedade, 16% depressão e 16% transtorno de estresse pós-traumático. Foram reavaliados 5 anos após a alta 17 pacientes, com idade: 65 ± 15 anos. Dentre eles, a frequência de comprometimento cognitivo caiu de 47% para 18% (p = 0,063), em razão da melhora destes pacientes ao longo do tempo e do não surgimento desta condição em outros pacientes após a alta. Ainda após 5 anos, apenas 12% da amostra relatou ansiedade, e nenhum tinha depressão ou transtorno de estresse pós-traumático. Não se encontraram diferenças em termos das escalas EQ-5-D e EQ VAS entre as avaliações após 6 meses e 5 anos. Conclusão: Os sobreviventes não apresentaram declínio progressivo da função cognitiva ou da qualidade de vida dentro de 5 anos após a alta da unidade de terapia intensiva. Os sintomas psicopatológicos tenderam a diminuir com o tempo.Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB2018-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2018000100028Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.30 n.1 2018reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)instacron:AMIB10.5935/0103-507x.20180008info:eu-repo/semantics/openAccessPereira,SaraCavaco,SaraFernandes,JoanaMoreira,InêsAlmeida,EduardaSeabra-Pereira,FilipaCastro,HeloísaMalheiro,Maria de JesusCardoso,Ana FilipaAragão,IreneCardoso,Teresapor2018-05-04T00:00:00Zoai:scielo:S0103-507X2018000100028Revistahttp://www.scielo.br/rbtihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdiretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br1982-43350103-507Xopendoar:2018-05-04T00:00Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)false |
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