Ruptura da artéria pulmonar pelo cateter de Swan-Ganz: relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schechter,Marcos Coutinho
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Prezzi,Eduardo Della Valle, Cabral,Gustavo, Fernandes,Eduardo Souza Martins, Vianna,Arthur Oswaldo de Abreu
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2009000200017
Resumo: O cateter de artéria pulmonar é frequentemente usado na monitorização de pacientes durante o transplante hepático. O advento de métodos menos invasivos para estimar o débito cardíaco e a pressão de oclusão da artéria pulmonar, aliado ao fracasso de estudos randomizados em demonstrar redução da mortalidade com o uso do cateter de artéria pulmonar, reduziu sua aplicabilidade. A ruptura de artéria pulmonar pelo uso do cateter de artéria pulmonar é complicação rara, porém grave. Objetivamos relatar a ruptura de artéria pulmonar como complicação do cateter de artéria pulmonar, revendo a abordagem clínica e discutindo a monitorização hemodinâmica com o cateter de artéria pulmonar no transplante hepático. Paciente do sexo feminino, 56 anos, portadora de vírus da hepatite C e cirrose (escore MELD 26), apresentou quadro de encefalopatia hepática. Foi realizado transplante hepático sob monitorização invasiva com cateter de artéria pulmonar. Nas primeiras 24 horas pós-operatórias apresentou instabilidade hemodinâmica, queda do hematócrito e parada cárdio-respiratória. Após a ressuscitação cárdio-pulmonar, foi solicitado um ecocardiograma trans-torácico que evidenciou hemopericárdio. Mesmo após a pericardiocentese a paciente evoluiu com hemopericárdio recidivo. A angiografia pulmonar não evidenciou lesões e o diagnóstico de ruptura de artéria pulmonar só foi feito através da esternotomia exploratória. As complicações pelo uso do cateter de artéria pulmonar são infrequentes, entretanto associadas a grande morbimortalidade. A redução do uso do cateter de artéria pulmonar diminuiu as complicações em diversas situações clínicas, entretanto o risco-benefício do uso do cateter de artéria pulmonar para transplante de fígado não é conhecido. Novos estudos comparando o cateter de artéria pulmonar a métodos não invasivos da avaliação da pressão de oclusão da artéria pulmonar devem ser realizados no transplante hepático.
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