Infecções da pele e de tecidos moles na unidade de terapia intensiva: estudo retrospectivo em um centro terciário
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2017000200195 |
Resumo: | RESUMO Objetivo: Descrever o prognóstico, os fatores de risco e a etiologia das infecções da pele e dos tecidos moles na unidade de terapia intensiva. Métodos: Estudo retrospectivo de uma coorte de 1.123 pacientes graves admitidos a uma unidade de terapia intensiva com o diagnóstico de infecção grave de pele ou tecidos moles. Resultados: Foram selecionados 30 pacientes, sendo 20 (66,7%) com fasceíte necrotizante, predominantemente da região perineal; 8 (26,7%) com abscesso cutâneo; e 2 (6,6%) com celulite. A maioria dos pacientes tinha fatores de risco, como imunossupressão e lesões cutâneas. O microrganismo isolado predominante foi Escherichia coli. Pacientes com fasceíte necrotizante na admissão à unidade de terapia intensiva apresentaram mortalidade significativamente maior (55%; p = 0,035), assim como aqueles com maior índice de severidade, choque séptico, parada cardiorrespiratória e leucocitose. Organismos resistentes à antibioticoterapia foram comuns, mesmo na ausência de fatores de risco. Quando presente, o fator de risco mais comum foi o uso prévio de antibiótico. Conclusão: Foram identificados fatores de risco e microrganismos diferentes dos classicamente descritos na literatura, além de elevada mortalidade da fasceíte necrotizante e presença de microrganismos multirresistentes na ausência de fatores de risco. Dada a aparente evolução etiológica das infecções da pele e tecidos moles, a identificação de novos fatores de risco e etiologia pode contribuir para uma terapêutica antimicrobiana mais adequada. |
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Infecções da pele e de tecidos moles na unidade de terapia intensiva: estudo retrospectivo em um centro terciárioManifestações cutâneasAbcessoCeluliteFasceíte necrotizanteSepseFatores de riscoUnidades de terapia intensivaRESUMO Objetivo: Descrever o prognóstico, os fatores de risco e a etiologia das infecções da pele e dos tecidos moles na unidade de terapia intensiva. Métodos: Estudo retrospectivo de uma coorte de 1.123 pacientes graves admitidos a uma unidade de terapia intensiva com o diagnóstico de infecção grave de pele ou tecidos moles. Resultados: Foram selecionados 30 pacientes, sendo 20 (66,7%) com fasceíte necrotizante, predominantemente da região perineal; 8 (26,7%) com abscesso cutâneo; e 2 (6,6%) com celulite. A maioria dos pacientes tinha fatores de risco, como imunossupressão e lesões cutâneas. O microrganismo isolado predominante foi Escherichia coli. Pacientes com fasceíte necrotizante na admissão à unidade de terapia intensiva apresentaram mortalidade significativamente maior (55%; p = 0,035), assim como aqueles com maior índice de severidade, choque séptico, parada cardiorrespiratória e leucocitose. Organismos resistentes à antibioticoterapia foram comuns, mesmo na ausência de fatores de risco. Quando presente, o fator de risco mais comum foi o uso prévio de antibiótico. Conclusão: Foram identificados fatores de risco e microrganismos diferentes dos classicamente descritos na literatura, além de elevada mortalidade da fasceíte necrotizante e presença de microrganismos multirresistentes na ausência de fatores de risco. Dada a aparente evolução etiológica das infecções da pele e tecidos moles, a identificação de novos fatores de risco e etiologia pode contribuir para uma terapêutica antimicrobiana mais adequada.Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB2017-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2017000200195Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.29 n.2 2017reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)instacron:AMIB10.5935/0103-507x.20170019info:eu-repo/semantics/openAccessMalheiro,Luís FilipeMagano,RitaFerreira,AlcinaSarmento,AntónioSantos,Lurdespor2017-07-05T00:00:00Zoai:scielo:S0103-507X2017000200195Revistahttp://www.scielo.br/rbtihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdiretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br1982-43350103-507Xopendoar:2017-07-05T00:00Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)false |
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