Prognóstico do paciente cirrótico admitido na terapia intensiva
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2010000100004 |
Resumo: | OBETIVOS: Esse estudo objetiva avaliar o prognóstico de pacientes cirróticos admitidos em Unidade de Terapia Intensiva. MÉTODOS: Realizou-se coorte prospectiva de pacientes cirróticos internados entre junho de 1999 a setembro de 2004 em dois centros de tratamento intensivo. Foram coletadas informações demográficas, comorbidades, diagnósticos, sinais vitais, exames laboratoriais, escores prognósticos e o desfecho no centro de tratamento intensivo (CTI) e no hospital. Os pacientes foram divididos em grupos distintos: não cirúrgicos, cirurgias não hepáticas, cirurgias para hipertensão portal, cirurgias hepáticas, transplante hepático e cirurgias de urgência. RESULTADOS: Foram estudados 304 pacientes cirróticos, sendo 190 (62,5%) do sexo masculino. A mediana da idade foi de 54 (47-61) anos. A letalidade global no CTI e no hospital foi de 29,3 e 39,8%, respectivamente, mais elevadas do que as observadas nos demais pacientes admitidos no período do estudo (19,6 e 28,3%; p<0,001). Os pacientes não cirúrgicos e os submetidos a cirurgia de urgência apresentaram alta letalidade, tanto no CTI (64,3 e 65,4%) quanto hospitalar (80,4 e 76,9%). Os fatores relacionados à letalidade no hospital foram [razão de chances (intervalo de confiança a 95%)]: pressão arterial média [0,985 (0,974-0,997)]; ventilação mecânica às 24 h de admissão [4,080 (1,990-8,364)]; infecção confirmada às 24 h de admissão [7,899 (2,814-22,175)]; insuficiência renal aguda [5,509 (1,708-17,766)] e escore APACHE II (pontos) [1,078 (1,017-1,143)]. CONCLUSÕES: Pacientes cirróticos apresentaram letalidade mais elevada que os demais pacientes admitidos na terapia intensiva, particularmente aqueles admitidos após cirurgias de urgência e os não cirúrgicos. |
id |
AMIB-1_88fa83466048fe6c23d13160a8010c8d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0103-507X2010000100004 |
network_acronym_str |
AMIB-1 |
network_name_str |
Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Prognóstico do paciente cirrótico admitido na terapia intensivaDoenças agudasIncidênciaUnidades de terapia intensivaCirrose hepática/complicaçõesCirrose hepática/mortalidadeOBETIVOS: Esse estudo objetiva avaliar o prognóstico de pacientes cirróticos admitidos em Unidade de Terapia Intensiva. MÉTODOS: Realizou-se coorte prospectiva de pacientes cirróticos internados entre junho de 1999 a setembro de 2004 em dois centros de tratamento intensivo. Foram coletadas informações demográficas, comorbidades, diagnósticos, sinais vitais, exames laboratoriais, escores prognósticos e o desfecho no centro de tratamento intensivo (CTI) e no hospital. Os pacientes foram divididos em grupos distintos: não cirúrgicos, cirurgias não hepáticas, cirurgias para hipertensão portal, cirurgias hepáticas, transplante hepático e cirurgias de urgência. RESULTADOS: Foram estudados 304 pacientes cirróticos, sendo 190 (62,5%) do sexo masculino. A mediana da idade foi de 54 (47-61) anos. A letalidade global no CTI e no hospital foi de 29,3 e 39,8%, respectivamente, mais elevadas do que as observadas nos demais pacientes admitidos no período do estudo (19,6 e 28,3%; p<0,001). Os pacientes não cirúrgicos e os submetidos a cirurgia de urgência apresentaram alta letalidade, tanto no CTI (64,3 e 65,4%) quanto hospitalar (80,4 e 76,9%). Os fatores relacionados à letalidade no hospital foram [razão de chances (intervalo de confiança a 95%)]: pressão arterial média [0,985 (0,974-0,997)]; ventilação mecânica às 24 h de admissão [4,080 (1,990-8,364)]; infecção confirmada às 24 h de admissão [7,899 (2,814-22,175)]; insuficiência renal aguda [5,509 (1,708-17,766)] e escore APACHE II (pontos) [1,078 (1,017-1,143)]. CONCLUSÕES: Pacientes cirróticos apresentaram letalidade mais elevada que os demais pacientes admitidos na terapia intensiva, particularmente aqueles admitidos após cirurgias de urgência e os não cirúrgicos.Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB2010-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2010000100004Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.22 n.1 2010reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)instacron:AMIB10.1590/S0103-507X2010000100004info:eu-repo/semantics/openAccessRocco,José RodolfoSoares,Márciopor2010-05-21T00:00:00Zoai:scielo:S0103-507X2010000100004Revistahttp://www.scielo.br/rbtihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdiretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br1982-43350103-507Xopendoar:2010-05-21T00:00Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Prognóstico do paciente cirrótico admitido na terapia intensiva |
title |
Prognóstico do paciente cirrótico admitido na terapia intensiva |
spellingShingle |
Prognóstico do paciente cirrótico admitido na terapia intensiva Rocco,José Rodolfo Doenças agudas Incidência Unidades de terapia intensiva Cirrose hepática/complicações Cirrose hepática/mortalidade |
title_short |
Prognóstico do paciente cirrótico admitido na terapia intensiva |
title_full |
Prognóstico do paciente cirrótico admitido na terapia intensiva |
title_fullStr |
Prognóstico do paciente cirrótico admitido na terapia intensiva |
title_full_unstemmed |
Prognóstico do paciente cirrótico admitido na terapia intensiva |
title_sort |
Prognóstico do paciente cirrótico admitido na terapia intensiva |
author |
Rocco,José Rodolfo |
author_facet |
Rocco,José Rodolfo Soares,Márcio |
author_role |
author |
author2 |
Soares,Márcio |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rocco,José Rodolfo Soares,Márcio |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Doenças agudas Incidência Unidades de terapia intensiva Cirrose hepática/complicações Cirrose hepática/mortalidade |
topic |
Doenças agudas Incidência Unidades de terapia intensiva Cirrose hepática/complicações Cirrose hepática/mortalidade |
description |
OBETIVOS: Esse estudo objetiva avaliar o prognóstico de pacientes cirróticos admitidos em Unidade de Terapia Intensiva. MÉTODOS: Realizou-se coorte prospectiva de pacientes cirróticos internados entre junho de 1999 a setembro de 2004 em dois centros de tratamento intensivo. Foram coletadas informações demográficas, comorbidades, diagnósticos, sinais vitais, exames laboratoriais, escores prognósticos e o desfecho no centro de tratamento intensivo (CTI) e no hospital. Os pacientes foram divididos em grupos distintos: não cirúrgicos, cirurgias não hepáticas, cirurgias para hipertensão portal, cirurgias hepáticas, transplante hepático e cirurgias de urgência. RESULTADOS: Foram estudados 304 pacientes cirróticos, sendo 190 (62,5%) do sexo masculino. A mediana da idade foi de 54 (47-61) anos. A letalidade global no CTI e no hospital foi de 29,3 e 39,8%, respectivamente, mais elevadas do que as observadas nos demais pacientes admitidos no período do estudo (19,6 e 28,3%; p<0,001). Os pacientes não cirúrgicos e os submetidos a cirurgia de urgência apresentaram alta letalidade, tanto no CTI (64,3 e 65,4%) quanto hospitalar (80,4 e 76,9%). Os fatores relacionados à letalidade no hospital foram [razão de chances (intervalo de confiança a 95%)]: pressão arterial média [0,985 (0,974-0,997)]; ventilação mecânica às 24 h de admissão [4,080 (1,990-8,364)]; infecção confirmada às 24 h de admissão [7,899 (2,814-22,175)]; insuficiência renal aguda [5,509 (1,708-17,766)] e escore APACHE II (pontos) [1,078 (1,017-1,143)]. CONCLUSÕES: Pacientes cirróticos apresentaram letalidade mais elevada que os demais pacientes admitidos na terapia intensiva, particularmente aqueles admitidos após cirurgias de urgência e os não cirúrgicos. |
publishDate |
2010 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2010-03-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2010000100004 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2010000100004 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0103-507X2010000100004 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.22 n.1 2010 reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online) instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) instacron:AMIB |
instname_str |
Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) |
instacron_str |
AMIB |
institution |
AMIB |
reponame_str |
Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
collection |
Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) |
repository.mail.fl_str_mv |
diretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br |
_version_ |
1754212858278707200 |