Eficácia e segurança da oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo na insuficiência respiratória hipercápnica moderada aguda

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Yuste,Maria Eugenia
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Moreno,Olga, Narbona,Susana, Acosta,Fernando, Peñas,Luis, Colmenero,Manuel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2019000200156
Resumo: RESUMO Objetivo: Avaliar a eficácia e a segurança da oxigenoterapia com uso de cânula nasal de alto fluxo no tratamento da insuficiência respiratória hipercápnica moderada em pacientes que não conseguem tolerar ou têm contraindicações para ventilação mecânica não invasiva. Métodos: Estudo prospectivo observacional de 13 meses envolvendo participantes admitidos a uma unidade de terapia intensiva com insuficiência respiratória hipercápnica ou durante o processo de seu desenvolvimento. Os parâmetros clínicos e de troca gasosa foram registrados em intervalos regulares durante as primeiras 24 horas. Os parâmetros finais foram saturação de oxigênio entre 88 e 92%, juntamente da redução do esforço respiratório (frequência respiratória) e da normalização do pH (≥ 7,35). Os participantes foram considerados não responsivos em caso de necessidade de utilização de suporte ventilatório. Resultados: Trinta participantes foram tratados utilizando oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo. Esta foi uma população mista com exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crônica, edema pulmonar cardiogênico agudo, e insuficiência respiratória aguda pós-operatória e pós-extubação. Observou-se melhora não significante na frequência respiratória (28,0 ± 0,9 versus 24,3 ± 1,5; p = 0,22), que foi aparente nas primeiras 4 horas do tratamento. Ocorreu melhora do pH, embora só se tenham obtido níveis normais após 24 horas de tratamento com cânula nasal de alto fluxo (7,28 ± 0,02 versus 7,37 ± 0,01; p = 0,02). A proporção de não responsivos foi de 13,3% (quatro participantes), dos quais um necessitou e aceitou ventilação mecânica não invasiva, e três necessitaram de intubação. A mortalidade na unidade de terapia intensiva foi de 3,3% (um participante), e um paciente morreu após a alta para a enfermaria (mortalidade hospitalar de 6,6%). Conclusão: O oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo é eficaz para a insuficiência respiratória hipercápnica moderada e ajuda a normalizar os parâmetros clínicos e de troca gasosa, com taxa aceitável de não responsivos que necessitaram de suporte ventilatório.
id AMIB-1_8cb8a3dd1314be7551cea617ae5744ad
oai_identifier_str oai:scielo:S0103-507X2019000200156
network_acronym_str AMIB-1
network_name_str Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
repository_id_str
spelling Eficácia e segurança da oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo na insuficiência respiratória hipercápnica moderada agudaInsuficiência respiratória/terapiaOxigenoterapia/métodosOxigênio/uso terapêuticoCânula/utilizaçãoRespiração artificialUnidades de terapia intensivaRESUMO Objetivo: Avaliar a eficácia e a segurança da oxigenoterapia com uso de cânula nasal de alto fluxo no tratamento da insuficiência respiratória hipercápnica moderada em pacientes que não conseguem tolerar ou têm contraindicações para ventilação mecânica não invasiva. Métodos: Estudo prospectivo observacional de 13 meses envolvendo participantes admitidos a uma unidade de terapia intensiva com insuficiência respiratória hipercápnica ou durante o processo de seu desenvolvimento. Os parâmetros clínicos e de troca gasosa foram registrados em intervalos regulares durante as primeiras 24 horas. Os parâmetros finais foram saturação de oxigênio entre 88 e 92%, juntamente da redução do esforço respiratório (frequência respiratória) e da normalização do pH (≥ 7,35). Os participantes foram considerados não responsivos em caso de necessidade de utilização de suporte ventilatório. Resultados: Trinta participantes foram tratados utilizando oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo. Esta foi uma população mista com exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crônica, edema pulmonar cardiogênico agudo, e insuficiência respiratória aguda pós-operatória e pós-extubação. Observou-se melhora não significante na frequência respiratória (28,0 ± 0,9 versus 24,3 ± 1,5; p = 0,22), que foi aparente nas primeiras 4 horas do tratamento. Ocorreu melhora do pH, embora só se tenham obtido níveis normais após 24 horas de tratamento com cânula nasal de alto fluxo (7,28 ± 0,02 versus 7,37 ± 0,01; p = 0,02). A proporção de não responsivos foi de 13,3% (quatro participantes), dos quais um necessitou e aceitou ventilação mecânica não invasiva, e três necessitaram de intubação. A mortalidade na unidade de terapia intensiva foi de 3,3% (um participante), e um paciente morreu após a alta para a enfermaria (mortalidade hospitalar de 6,6%). Conclusão: O oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo é eficaz para a insuficiência respiratória hipercápnica moderada e ajuda a normalizar os parâmetros clínicos e de troca gasosa, com taxa aceitável de não responsivos que necessitaram de suporte ventilatório.Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB2019-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2019000200156Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.31 n.2 2019reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)instacron:AMIB10.5935/0103-507x.20190026info:eu-repo/semantics/openAccessYuste,Maria EugeniaMoreno,OlgaNarbona,SusanaAcosta,FernandoPeñas,LuisColmenero,Manuelpor2019-06-19T00:00:00Zoai:scielo:S0103-507X2019000200156Revistahttp://www.scielo.br/rbtihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdiretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br1982-43350103-507Xopendoar:2019-06-19T00:00Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)false
dc.title.none.fl_str_mv Eficácia e segurança da oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo na insuficiência respiratória hipercápnica moderada aguda
title Eficácia e segurança da oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo na insuficiência respiratória hipercápnica moderada aguda
spellingShingle Eficácia e segurança da oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo na insuficiência respiratória hipercápnica moderada aguda
Yuste,Maria Eugenia
Insuficiência respiratória/terapia
Oxigenoterapia/métodos
Oxigênio/uso terapêutico
Cânula/utilização
Respiração artificial
Unidades de terapia intensiva
title_short Eficácia e segurança da oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo na insuficiência respiratória hipercápnica moderada aguda
title_full Eficácia e segurança da oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo na insuficiência respiratória hipercápnica moderada aguda
title_fullStr Eficácia e segurança da oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo na insuficiência respiratória hipercápnica moderada aguda
title_full_unstemmed Eficácia e segurança da oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo na insuficiência respiratória hipercápnica moderada aguda
title_sort Eficácia e segurança da oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo na insuficiência respiratória hipercápnica moderada aguda
author Yuste,Maria Eugenia
author_facet Yuste,Maria Eugenia
Moreno,Olga
Narbona,Susana
Acosta,Fernando
Peñas,Luis
Colmenero,Manuel
author_role author
author2 Moreno,Olga
Narbona,Susana
Acosta,Fernando
Peñas,Luis
Colmenero,Manuel
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Yuste,Maria Eugenia
Moreno,Olga
Narbona,Susana
Acosta,Fernando
Peñas,Luis
Colmenero,Manuel
dc.subject.por.fl_str_mv Insuficiência respiratória/terapia
Oxigenoterapia/métodos
Oxigênio/uso terapêutico
Cânula/utilização
Respiração artificial
Unidades de terapia intensiva
topic Insuficiência respiratória/terapia
Oxigenoterapia/métodos
Oxigênio/uso terapêutico
Cânula/utilização
Respiração artificial
Unidades de terapia intensiva
description RESUMO Objetivo: Avaliar a eficácia e a segurança da oxigenoterapia com uso de cânula nasal de alto fluxo no tratamento da insuficiência respiratória hipercápnica moderada em pacientes que não conseguem tolerar ou têm contraindicações para ventilação mecânica não invasiva. Métodos: Estudo prospectivo observacional de 13 meses envolvendo participantes admitidos a uma unidade de terapia intensiva com insuficiência respiratória hipercápnica ou durante o processo de seu desenvolvimento. Os parâmetros clínicos e de troca gasosa foram registrados em intervalos regulares durante as primeiras 24 horas. Os parâmetros finais foram saturação de oxigênio entre 88 e 92%, juntamente da redução do esforço respiratório (frequência respiratória) e da normalização do pH (≥ 7,35). Os participantes foram considerados não responsivos em caso de necessidade de utilização de suporte ventilatório. Resultados: Trinta participantes foram tratados utilizando oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo. Esta foi uma população mista com exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crônica, edema pulmonar cardiogênico agudo, e insuficiência respiratória aguda pós-operatória e pós-extubação. Observou-se melhora não significante na frequência respiratória (28,0 ± 0,9 versus 24,3 ± 1,5; p = 0,22), que foi aparente nas primeiras 4 horas do tratamento. Ocorreu melhora do pH, embora só se tenham obtido níveis normais após 24 horas de tratamento com cânula nasal de alto fluxo (7,28 ± 0,02 versus 7,37 ± 0,01; p = 0,02). A proporção de não responsivos foi de 13,3% (quatro participantes), dos quais um necessitou e aceitou ventilação mecânica não invasiva, e três necessitaram de intubação. A mortalidade na unidade de terapia intensiva foi de 3,3% (um participante), e um paciente morreu após a alta para a enfermaria (mortalidade hospitalar de 6,6%). Conclusão: O oxigenoterapia com cânula nasal de alto fluxo é eficaz para a insuficiência respiratória hipercápnica moderada e ajuda a normalizar os parâmetros clínicos e de troca gasosa, com taxa aceitável de não responsivos que necessitaram de suporte ventilatório.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-06-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2019000200156
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2019000200156
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.5935/0103-507x.20190026
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
publisher.none.fl_str_mv Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.31 n.2 2019
reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
instacron:AMIB
instname_str Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
instacron_str AMIB
institution AMIB
reponame_str Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
collection Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
repository.mail.fl_str_mv diretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br
_version_ 1754212866382102528