Diferenca de ions fortes na urina como determinante importante das alteracoes na concentracao plasmatica de cloreto em pacientes no pos-operatorio
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2013000300197 |
Resumo: | OBJETIVO: Demonstrar que alterações na concentração plasmática de cloreto ([Cl-]plasma) durante o período pós-operatório são amplamente dependentes da diferença de íons fortes urinária ([SID]urina=[Na+] urina+[K+] urina -[Cl-]urina) e não de diferenças na terapia hídrica. MÉTODOS: Foram realizadas mensurações na admissão à unidade de terapia intensiva e 24 horas mais tarde em um total de 148 pacientes pós-operatórios. Os pacientes foram designados para um de três grupos segundo a alteração na concentração plasmática de cloreto após 24 horas: [Cl-]plasma aumentada (n=39), [Cl-]plasma diminuída (n=56) ou [Cl-]plasma inalterada (n=53). RESULTADOS: Quando da admissão, o grupo com [Cl-]plasma aumentada tinha [Cl-]plasma mais baixa (105±5 versus 109±4 e 106±3mmol/L; p<0,05), um ânion gap plasmático ([AG]plasma) mais alto e um íon gap forte mais alto. Após 24 horas, o grupo com [Cl-]plasma aumentada mostrou [Cl-]plasma mais alta (111±4 versus 104±4 e 107±3mmol/L; p<0,05) e nível plasmático mais baixo de [AG]plasma e íon gap forte. O volume e íon gap forte dos fluidos administrados foram similares entre os grupos, exceto que os [SID]urina eram mais altos (38±37 versus 18±22 e 23±18mmol/L; p<0,05) no grupo com [Cl-]plasma aumentada na avaliação após 24 horas. Uma análise de regressão linear múltipla demonstrou que a [Cl-]plasma na admissão e [SID]urina eram preditores independentes de variação na [Cl-]plasma 24 horas mais tarde. CONCLUSÕES: Alterações na [Cl-]plasma durante o primeiro dia pós-operatório foram amplamente relacionadas com [SID]urina e [Cl-]plasma na admissão, e não às características dos fluidos infundidos. Portanto, a diminuição da [SID]urina deve ser um mecanismo importante para prevenção do desenvolvimento de hipercloremia induzida por solução salina. |
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Diferenca de ions fortes na urina como determinante importante das alteracoes na concentracao plasmatica de cloreto em pacientes no pos-operatorioCuidados pos-operatoriosSolucoes isotonicas/efeitos adversosUrina/analiseCloretos/metabolismo OBJETIVO: Demonstrar que alterações na concentração plasmática de cloreto ([Cl-]plasma) durante o período pós-operatório são amplamente dependentes da diferença de íons fortes urinária ([SID]urina=[Na+] urina+[K+] urina -[Cl-]urina) e não de diferenças na terapia hídrica. MÉTODOS: Foram realizadas mensurações na admissão à unidade de terapia intensiva e 24 horas mais tarde em um total de 148 pacientes pós-operatórios. Os pacientes foram designados para um de três grupos segundo a alteração na concentração plasmática de cloreto após 24 horas: [Cl-]plasma aumentada (n=39), [Cl-]plasma diminuída (n=56) ou [Cl-]plasma inalterada (n=53). RESULTADOS: Quando da admissão, o grupo com [Cl-]plasma aumentada tinha [Cl-]plasma mais baixa (105±5 versus 109±4 e 106±3mmol/L; p<0,05), um ânion gap plasmático ([AG]plasma) mais alto e um íon gap forte mais alto. Após 24 horas, o grupo com [Cl-]plasma aumentada mostrou [Cl-]plasma mais alta (111±4 versus 104±4 e 107±3mmol/L; p<0,05) e nível plasmático mais baixo de [AG]plasma e íon gap forte. O volume e íon gap forte dos fluidos administrados foram similares entre os grupos, exceto que os [SID]urina eram mais altos (38±37 versus 18±22 e 23±18mmol/L; p<0,05) no grupo com [Cl-]plasma aumentada na avaliação após 24 horas. Uma análise de regressão linear múltipla demonstrou que a [Cl-]plasma na admissão e [SID]urina eram preditores independentes de variação na [Cl-]plasma 24 horas mais tarde. CONCLUSÕES: Alterações na [Cl-]plasma durante o primeiro dia pós-operatório foram amplamente relacionadas com [SID]urina e [Cl-]plasma na admissão, e não às características dos fluidos infundidos. Portanto, a diminuição da [SID]urina deve ser um mecanismo importante para prevenção do desenvolvimento de hipercloremia induzida por solução salina. Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB2013-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2013000300197Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.25 n.3 2013reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)instacron:AMIB10.5935/0103-507X.20130035info:eu-repo/semantics/openAccessMasevicius,Fabio DanielVazquez,Alejandro RissoEnrico,CarolinaDubin,Arnaldopor2013-11-01T00:00:00Zoai:scielo:S0103-507X2013000300197Revistahttp://www.scielo.br/rbtihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdiretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br1982-43350103-507Xopendoar:2013-11-01T00:00Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)false |
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OBJETIVO: Demonstrar que alterações na concentração plasmática de cloreto ([Cl-]plasma) durante o período pós-operatório são amplamente dependentes da diferença de íons fortes urinária ([SID]urina=[Na+] urina+[K+] urina -[Cl-]urina) e não de diferenças na terapia hídrica. MÉTODOS: Foram realizadas mensurações na admissão à unidade de terapia intensiva e 24 horas mais tarde em um total de 148 pacientes pós-operatórios. Os pacientes foram designados para um de três grupos segundo a alteração na concentração plasmática de cloreto após 24 horas: [Cl-]plasma aumentada (n=39), [Cl-]plasma diminuída (n=56) ou [Cl-]plasma inalterada (n=53). RESULTADOS: Quando da admissão, o grupo com [Cl-]plasma aumentada tinha [Cl-]plasma mais baixa (105±5 versus 109±4 e 106±3mmol/L; p<0,05), um ânion gap plasmático ([AG]plasma) mais alto e um íon gap forte mais alto. Após 24 horas, o grupo com [Cl-]plasma aumentada mostrou [Cl-]plasma mais alta (111±4 versus 104±4 e 107±3mmol/L; p<0,05) e nível plasmático mais baixo de [AG]plasma e íon gap forte. O volume e íon gap forte dos fluidos administrados foram similares entre os grupos, exceto que os [SID]urina eram mais altos (38±37 versus 18±22 e 23±18mmol/L; p<0,05) no grupo com [Cl-]plasma aumentada na avaliação após 24 horas. Uma análise de regressão linear múltipla demonstrou que a [Cl-]plasma na admissão e [SID]urina eram preditores independentes de variação na [Cl-]plasma 24 horas mais tarde. CONCLUSÕES: Alterações na [Cl-]plasma durante o primeiro dia pós-operatório foram amplamente relacionadas com [SID]urina e [Cl-]plasma na admissão, e não às características dos fluidos infundidos. Portanto, a diminuição da [SID]urina deve ser um mecanismo importante para prevenção do desenvolvimento de hipercloremia induzida por solução salina. |
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