A pesquisa e a pós-graduação em geografia no Brasil - os dez anos da ANPEGE
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da ANPEGE (Online) |
Texto Completo: | https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/anpege/article/view/6624 |
Resumo: | A Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia – Anpege foi criada em 4 de setembro de 1993, na UFSC, Florianópolis, pelos coordenadores dos programas de pós-graduação em Geografia de então, após 10 anos de reuniões e debates sobre esta. Nos 10 anos de sua existência, o número de cursos – tanto em nível de mestrado como de doutorado – triplicou, porém há grande concentração dos cursos no Sudeste, deixando grandes áreas do Brasil descobertas, fato que exige mudança para que todos os Estados seja contemplados, promovendo maior liberdade e crescimento da sociedade. Ao lado desta ampliação do número de cursos/programas, vê-se pelos dados do MEC/INPE que há muito de nebuloso, escamoteando a nitidez dos caminhos das políticas educacionais. Esses dados também demonstram, tanto pelo montante como pela relação entre instituições públicas e privadas, em distintos aspectos, como os índices de candidatos inscritos em vestibulares diferem muito daqueles efetivamente matriculados em cursos de graduação e do número de egressos destes cursos. Esta variação também é percebida nos números de professores e de instituições, comprovando que tem havido achatamento das instituições públicas, principalmente das universidades onde se concentram as atividades públicas de ensino superior e de pesquisa. Paralelamente, sabe-se do montante de professores substitutos e temporários que, em todos os semestres dos anos de vida da Anpege assumiram funções em virtude da falta de concursos para professores e funcionários técnicos administrativos, do número exíguo de bolsas – seja para pós-graduandos seja para pesquisadores em Geografia -, dos pedidos de auxílio negados pelos órgãos de fomento, da diminuição do tempo de vigência das bolsas, do número de candidatos que procuram os cursos de pós-graduação e que não podem ser assimilados. Todos estes fatores realçam o achatamento das instituições públicas, das condições de trabalho dos seus profissionais e dos seus alunos, incoerentes com o desenvolvimento que se propala e se quer do país. Os enquadramentos da Geografia no MEC e órgãos de fomento aos programas de pós-graduação e à pesquisa, dentro e fora deste ministério, parecem ignorar o universo deste campo do conhecimento. Os associados da Anpege, os geógrafos em todos os setores, professores, pesquisadores, estudantes da Geografia em todos os níveis, devem debater e conduzir rumos mais coerentes com suas atribuições. |
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