FRONTEIRAS SOCIAIS E SIMBÓLICAS EM UM CLUBE DE ELITE*
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ciências Sociais |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092018000300512 |
Resumo: | Como os membros dos grupos privilegiados percebem a si mesmos? Que grupos consideram como “os outros” e em função de que aspectos, características e dimensões? Que percepções sobre si – e sobre o que os diferencia dos outros – transmitem aos seus filhos? Apoiando-se em entrevistas e observações realizadas em um clube privado, socialmente seletivo, localizado em uma cidade do interior paulista, ao longo de dezoito meses, este artigo (i) descreve o constante e árduo trabalho de construção de fronteiras sociais e simbólicas em que se engajam os indivíduos para definir e negociar diferenças com relação tanto a membros de outras frações dos grupos privilegiados, quanto a membros de grupos menos privilegiados; (ii) identifica elementos do sistema de crenças que dá sentido a esse trabalho de construção de fronteiras, apontando, em especial, a centralidade das fronteiras morais; e (iii) documenta processos pelos quais crianças e adolescentes se integram a ele. Ao revelar o modo como tais crenças são mobilizadas nas interações cotidianas e transmitidas para as novas gerações, o artigo oferece uma contribuição particular para os estudos sobre a desigualdade social brasileira, identificando o reforço dado pelos indivíduos às hierarquias sociais inscritas nas instituições. |
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