As ciências sociais e o inglês
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ciências Sociais |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092004000100001 |
Resumo: | O presente artigo é uma reflexão sobre o predomínio da língua inglesa no contexto da globalização, analisando particularmente as implicações desse fenômeno para as ciências sociais. Na primeira parte faz-se uma análise crítica da literatura elaborada pelos lingüistas em relação à expansão da língua inglesa no mundo contemporâneo, focalizando-se particularmente a passagem do inglês como língua internacional para o inglês como língua mundial. Na segunda, discute-se a supremacia do inglês nas ciências da natureza e nas ciências sociais. O argumento central é que essas duas práticas científicas são distintas, isto é, se o inglês pode funcionar como língua franca nas ciências da natureza, isso é impossível no âmbito das ciências humanas. Nesse sentido, como a construção do objeto social se faz por meio da língua, como ele encontra-se ainda referido a um contexto histórico-geográfico específico, a produção em ciências sociais deve manter uma pluralidade de idiomas na sua confecção. Porém, se o predomínio de uma língua se impõe, isso se dá em função de uma hierarquização de poder no mercado de bens lingüísticos, no interior do qual elabora-se uma falsa aproximação entre a idéia de universal e de global. |
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