CONTÍNUO RACIAL, MOBILIDADE SOCIAL E “EMBRANQUECIMENTO”

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro,Carlos Antonio Costa
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ciências Sociais
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092017000300512
Resumo: Pesquisas sobre raça no Brasil têm, há bastante tempo, reconhecido que categorias raciais são baseadas em distinções de cores da pele ao longo de um contínuo preto-branco. Contudo, evidências quantitativas sobre desigualdade social são baseadas na dicotomia branco versus não-branco (pardo e preto) ou na categorização em trio (branco, pardo e preto). Esta maneira de utilizar a variável contribuiu para demonstrar os altos níveis de desigualdade racial. Este achado, entretanto, é frequentemente questionado devido a outro aspecto: a alta ambiguidade na classificação racial e a possibilidade de “embranquecimento” com dinheiro ou com mobilidade social ascendente. Se esta última característica é verdadeira, é difícil fazer uma medição de desigualdade social que seja confiável. Para lidar diretamente com este problema, meço o “contínuo de cores da pele” através da combinação de respostas a uma pergunta aberta (de livre escolha para os respondentes) e a uma pergunta fechada (com categorias censitárias) sobre cores da pele. Implementei simulações contrafactuais para avaliar os possíveis efeitos do “embranquecimento com dinheiro” em realizações educacionais, ocupacionais e econômicas.
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