Desenvolvimento, modernidade e subjetividade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ciências Sociais |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091999000200007 |
Resumo: | O tema da modernidade foi central para a obra de Costa Pinto, em dois registros. Um, mais evidente, implicava uma recusa da expressão, que lhe servia para conceituar um tipo de evolução histórica e social que ele rejeitava como modelo e telos para o Brasil, caracterizando-se pela adoção de padrões de consumo, de comportamento, de instituições, valores e idéias das sociedades mais avançadas, sem importar necessariamente em transformações reais da estrutura econômica e social. Havia, porém, uma outra forma de conceber a modernidade, que Costa Pinto nomeia, muito mais positivamente, de "desenvolvimento", inclusivo e ampliador de bem-estar para toda a população, que produziria a passagem para uma outra "estrutura social". Enquanto a "modernização" seria por princípio não planificável, o desenvolvimento requereria o contrário, tendo o Estado em seu centro. Argumentar-se-á neste artigo que essa idéia de desenvolvimento, embora datada conceitualmente, ainda é em parte válida. É preciso, contudo, rever sua concepção geral de modernização e, no lugar de pensar o Estado como o grande agente da modernização, vê-lo como uma dentre as subjetividades coletivas que devem impulsionar o processo de desenvolvimento. |
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