O candomblé e o tempo: concepções de tempo, saber e autoridade da África para as religiões afro-brasileiras
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ciências Sociais |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092001000300003 |
Resumo: | Procura-se mostrar como concepções de tempo, aprendizagem e saber, próprias do candomblé, são constitutivas da cultura africana de povos que instituíram no Brasil a religião dos orixás. A idéia de vida e morte, nascimento e reencarnação, assim como o culto aos antepassados e aos orixás, tal como concebidos em solo africano, reproduziram-se no Brasil em conformidade com aquelas concepções. Com a transformação do candomblé em religião não mais restrita a afro-descendentes e sua propagação por todo o país, congregando agora adeptos inseridos num mundo de trabalho e de aprendizado controlado pelo tempo capitalista, as concepções ocidentais vão minando os conceitos africanos de tempo e, especialmente, de saber, alterando-se princípios iniciáticos e de constituição da autoridade, da hierarquia e do poder religioso nos terreiros, com mudanças profundas na religião. |
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O candomblé e o tempo: concepções de tempo, saber e autoridade da África para as religiões afro-brasileirasTempo e religiãoTempo e hierarquia religiosaTempo e iniciaçãoTempo nas religiões afro-brasileirasProcura-se mostrar como concepções de tempo, aprendizagem e saber, próprias do candomblé, são constitutivas da cultura africana de povos que instituíram no Brasil a religião dos orixás. A idéia de vida e morte, nascimento e reencarnação, assim como o culto aos antepassados e aos orixás, tal como concebidos em solo africano, reproduziram-se no Brasil em conformidade com aquelas concepções. Com a transformação do candomblé em religião não mais restrita a afro-descendentes e sua propagação por todo o país, congregando agora adeptos inseridos num mundo de trabalho e de aprendizado controlado pelo tempo capitalista, as concepções ocidentais vão minando os conceitos africanos de tempo e, especialmente, de saber, alterando-se princípios iniciáticos e de constituição da autoridade, da hierarquia e do poder religioso nos terreiros, com mudanças profundas na religião.Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais - ANPOCS2001-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092001000300003Revista Brasileira de Ciências Sociais v.16 n.47 2001reponame:Revista Brasileira de Ciências Sociaisinstname:Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS)instacron:ANPOCS10.1590/S0102-69092001000300003info:eu-repo/semantics/openAccessPrandi,Reginaldopor2002-04-17T00:00:00Zoai:scielo:S0102-69092001000300003Revistahttp://www.scielo.br/revistas/rbcsoc/iaboutj.htmhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||anpocs@anpocs.org.br1806-90530102-6909opendoar:2002-04-17T00:00Revista Brasileira de Ciências Sociais - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS)false |
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